Os influenciadores digitais ganharam destaque nos últimos anos, tornando-se essenciais para as estratégias de divulgação das marcas.
Para se ter ideia, eles já são considerados a segunda maior fonte de influência na tomada de decisão de compra. Perdem apenas para indicações de amigos e parentes.
Diante dessas novas possibilidades, é importante atentar também para a relevância dos nano-influenciadores.
Neste caso, a proposta não é contratar celebridade das redes sociais para promover a marca, e sim usar usuários comuns, apostando basicamente no que ele pode fazer nos seus círculos familiares e de amizade.
Em termos numéricos, é óbvio que o alcance das indicações deles não é tão alto, como o dos influencers. Porém, eles têm uma vantagem: as pessoas confiam nas suas indicações, até porque sabem que não existe por trás uma troca monetária.
Como usar os nano-influenciadores no e-commerce?
Grandes marcas têm usado essa estratégia, principalmente a partir de conteúdos produzidos pelos próprios usuários.
No dia a dia do e-commerce, os nano-influenciadores assumem um papel importante e essa função pode ser exercida por vendedores da loja física ou mesmo revendedores.
Essa prática tem se tornado bastante comum, especialmente para as vendas via WhatsApp.
A mecânica é simples: os vendedores compartilham conteúdos específicos com a base de clientes e/ou com suas redes familiares e de amigos.
É possível também usar o mesmo sistema com um grupo de revendedores. Neste caso, a divulgação pode ser feita pelos chamados parceiros de negócios.
Por exemplo, empresas que atuam com produtos para cuidados de cabelo e unhas, podem usar profissionais de salões de beleza como apoio para a divulgação e a própria venda de seus produtos.
O que está por trás dessa história é justamente o bom relacionamento que esses profissionais mantêm com os clientes. Como desfrutam da confiança deles, suas indicações são aceitas com muito mais facilidade.
Quais as vantagens das recomendações?
A eficácia da estratégia está mais do que provada, até porque o bom e velho marketing boca-a-boca sempre existiu e fez sucesso.
A vantagem é que com o emprego de um app que viabiliza as vendas via WhatsApp esse tipo de esforço não é feito de forma amadora, e sim profissional.
Em primeiro lugar, porque todas as informações ficam devidamente registradas, o que é ideal para se atender ao comportamento omnichannel do consumidor.
Se o público hoje não diferencia os canais on e offline, faz todo o sentido que as lojas consigam integrar todas as informações e, a partir daí, operar de forma fluida.
Pensando no papel dos nano-influenciadores, é essencial que o trabalho de divulgação realizado não precise se limitar a um ou outro canal. O foco está no cliente e não importa onde a compra vai acontecer.
Mais do que isso, o que temos visto é a importância de o consumidor conseguir trafegar entre os canais. Comprar no e-commerce e retirar na loja física ou vice-versa.
Foco na venda por relacionamento
A atuação dos nano-influenciadores vai ao encontro da necessidade de se pensar hoje nas vendas como resultado do relacionamento que a marca mantém com o seu público-alvo.
Essa é uma questão que se torna cada dia mais importante neste cenário de aumento da disputa pela atenção do consumidor.
E uma marca que pretende ter vendas baseadas no relacionamento pode (e deve) contar com pessoas que entendem e confiem no seu produto para atuar como suas promotoras.
Os resultados desse tipo de trabalho se estendem para além das vendas no curto prazo, ajudando as empresas a enfrentar dificuldades recorrentes.
Guerra de preços
Uma delas, certamente, é a guerra de preços. Numa economia em retração como a que estamos vivendo, a precificação adequada torna-se um desafio.
E, ao entrar nesta disputa, muitas vezes as empresas até conseguem superar a concorrência, mas podem colocar em risco as margens do negócio.
Um bom trabalho com nano-influenciadores pode fazer a diferença, uma vez que a recomendação feita de forma mais pessoal agrega valor à oferta.
Ao receber uma indicação, na qual confia, a pessoa pode até abrir mão daquela oferta que viu em algum lugar, justamente porque ficará em dúvida em relação à qualidade.
É a velha história: o barato pode sair caro quando se opta por um produto que não vai cumprir a sua função.
Redução dos investimentos em comunicação
A necessidade de divulgação é cada vez maior para quem tem um e-commerce e, até em razão da alta demanda, tem sido difícil reduzir os gastos com mídia.
Quem utiliza redes sociais, por exemplo, sabe que o retorno não tem sido fácil. Até alguns anos atrás, com um nível de concorrência menos acirrado, planos simples já surtiam bons efeitos nos resultados de tráfego.
Com o aumento no número de empresas presentes nessas plataformas, a história mudou. As estratégias devem ser muito bem pensadas e, invariavelmente, vai ser preciso aumentar o volume de investimentos em mídia paga para elevar o desempenho das campanhas.
Assim, todo e qualquer esforço de comunicação com os nano-influenciadores é muito bem-vindo, uma vez que tendem a diminuir os gastos com mídia.
Uma estratégia não substitui a outra; estamos falando de formas de diversificar a exposição da marca e, consequentemente, melhorar a sua presença digital.
Importante lembrar que, no caso dos nano-influenciadores, o próprio uso das redes sociais costuma funcionar também.
Custos de aquisição de clientes
O CAC — Custo de Aquisição de Clientes — é um dos indicadores mais importantes para assegurar o crescimento sustentável dos negócios online.
Muitas estratégias rendem excelentes resultados na movimentação da loja, porém, acabam não compensando no longo prazo, justamente em razão do custo.
Por isso que, sem sombra de dúvidas, CAC é um dos “vilões” enfrentados diariamente pelos gestores de e-commerce.
Neste caso, os nano-influenciadores podem impactar o resultado de forma bastante positiva. Trata-se de uma estratégia acessível, uma vez que o sucesso depende mais da capacidade da empresa de gerar uma comunicação eficiente e que possa ser compartilhada.
Enfim, na busca por melhores resultados para o comércio eletrônico, o mais importante é que todos estejam atentos às oportunidades, pois nenhuma opção pode ser dispensada.
No final, o que interessa é focar na experiência do consumidor. E, neste caso, é difícil encontrar uma pessoa que não goste de receber boas dicas de compras, certo? Então, por que não investir numa estratégia que ajude a marca a ampliar os seus promotores?