Em tempos de mudança é preciso criar novas estratégias. O que nos faz mudar ou o que nos move a realizar mudanças significativas? As mudanças via de regra nos assustam quando nos são impostas, mas nos impulsionam quando são escolhas próprias. Não é o ideal que as mudanças ocorram por urgência, oposição ou estado de ânimo, e sim por princípios, missão pessoal ou consciência. Mas, independentemente da sua origem, mudanças nos fazem avançar. Avançar para o novo, o desconhecido, o tão desejado melhor.
Ao analisar cenários e tendências na atualidade, muitas empresas pensaram em mudanças de estratégia. O termo estratégia deriva etimologicamente da palavra grega strategos, que se entende como “a arte do general”. O general é o comandante, o dirigente, aquele que precisa antever circunstâncias e tomar decisões. Logo, estratégia pode ser entendida como a arte de prever cenários e tendências e promover a partir delas ações que, em se tratando do mundo corporativo, fomentem a venda de um produto e/ou serviço e que conquiste e cative clientes.
Dentre alguns dos problemas que a crise sanitária trouxe a inúmeras empresas temos a falta de caixa. O caixa se incrementa com aumento de clientes (pois eles são quem nos trazem recursos); se fomenta por meio de novas ideias: a implementação de novos produtos/serviços, a revisão de processos que automatizados ou digitalizados podem trazer a otimização ou a redução de custos; a implementação de parcerias estratégicas que aumentem o resultados da empresa; e por fim, a junção de todos os pontos acima, o empreendedorismo.
Em meio a tanto a se fazer, tantos pontos a olhar e muitas direções a seguir, a tecnologia tem sido nossa principal aliada. Graças à tecnologia, empresas acessam inúmeras informações de forma rápida e precisa, como por exemplo por meio do Big Data.
Passados 6 meses de pandemia, grande parte das empresas descobriu que o modelo híbrido tende a permanecer por bastante tempo. Não será apenas pelas incertezas quanto à segurança da retomada ao escritório, mas principalmente pelos benefícios reconhecidos pelo trabalho executado remotamente. Dentre algumas vantagens podemos citar:
- a otimização do tempo;
- o aumento da produtividade em equipes engajadas;
- a redução de custos;
- a viabilização de novas receitas, entre outras.
Dentro deste conceito, surge um novo estilo de liderança!
Há quem fale que não são tempos de “home office”, e sim de “corona office”. As pessoas estão trabalhando em casa, mas não necessariamente em condições ideais de infraestrutura e suporte. Um novo líder nasce. Ele precisa focar em resultados sendo flexível; precisa aproximar estando mais distante; precisa engajar mostrando a importância do trabalho da equipe para o todo, estando cada um em sua casa; e que precisa fortalecer a visão sistêmica em um momento em que precisamos ser especialistas.
Para esse novo líder atingir objetivos satisfatórios, será necessário promover o relacionamento por meio do diálogo e da escuta ativa; ele deverá estimular a troca de experiências por meio de reuniões diárias, priorizar tarefas e entregas de maior relevância via solicitações objetivas e claras e incentivar o autogerenciamento.
O líder precisa conhecer a sua equipe, gerenciar o estresse ocasionado pelas circunstâncias e estimular um ambiente virtual agradável.
Um outro elemento desafiador é o tempo. Faz-se necessário uma maior disciplina para evitar trabalho em excesso. É importante procurar marcar reuniões em horário comercial e sempre que possível respeitar o horário de almoço.
Acredito nos incontáveis avanços que o modelo híbrido vem trazendo e ainda trará. Por isso é hora dos líderes esquecerem o comando e o controle das etapas e focarem em relações de confiança que trazem resultados extraordinários — tanto para os que estão em casa quanto para os que estão no escritório.
O papel do líder sempre será inspirar e impactar de forma positiva as pessoas que lidera. E para isso muitas vezes será necessário abrir mão de um objetivo pessoal em prol de um objetivo coletivo.
As palavras de ordem na gestão são flexibilidade e empatia, sendo a forma mais prática da empatia, a compaixão.
Por fim, o líder precisa entregar, sendo o maior doador!