Muito se ouve falar do fenômeno das redes sociais – realidade? futuro inexorável? Os gurus de plantão decretam: “Socializar ou morrer”. Uma análise mais detalhada dos “trend-offs” de sites mais visitados no pais nos últimos 4 anos permite obter respostas mais consistentes, e até quem sabe, tendências de seu desempenho no futuro.
A primeira informação que salta aos olhos ao analisar o quadro abaixo, é a diferença de desempenho entre o volume de sites relacionados a redes sociais (+33%) e o de portais de conteúdo (+8%). A partir desses dados já se começa a perceber uma tendência clara: as pessoas desejam deixar o papel de meros expectadores, passivos, receptores de informação e almejam o papel de coadjuvantes dessa nova realidade. Coincidência ou não, a queda na quantidade de sites de conteúdo adulto (-40%) e o crescimento inversamente proporcional de sites de blog/relacionados (+67%) reforçaria essa tese de mudança de papel de expectador.
Dobraram o número de sites de lojas de produtos/ serviços, assim como de Marketplaces (plataformas de compra e venda). Surgiu também nesse período um novo modelo de negócio, os chamados sites de Compras Coletivas. Essas três situações permitem concluir que a web no Brasil aumentou seu aspecto de ambiente propício aos negócios.
Top 100 Sites Brasil | ago/07 | set/11 | Variação |
Redes sociais | 15 | 20 | 33% |
Portais de conteúdo | 13 | 14 | 8% |
Lojas de produtos e serviços | 6 | 12 | 100% |
Buscadores | 4 | 8 | 100% |
Bancos | 5 | 7 | 40% |
Conteúdo adulto | 10 | 6 | -40% |
Blogs e relacionados | 3 | 5 | 67% |
Marketplaces | 2 | 5 | 150% |
Agregadores de ofertas/ compras coletivas | 0 | 4 | |
Hospedagem/cloud | 12 | 4 | -67% |
Música/toques | 6 | 4 | -33% |
Gestão de anúncios/afiliados | 0 | 3 | |
Governo | 3 | 2 | -33% |
Comparadores de preço | 1 | 1 | 0% |
Outros | 20 | 5 | -75% |
A conclusão dessa análise é que, mais do que apenas socializar-se, o internauta brasileiro quer usar a internet como ferramenta do seu dia-a-dia. Não mais como canal de uma mão única, mas de interação. Quer a sua própria internet, quer comunicar, compartilhar, co-criar, fazer bons negócios e gerar renda. Podemos chamá-lo então de internauta “faça-você-mesmo”.
Conhecendo essa tendência, é possível alinhar a estratégia do seu negócio/empresa para atender a essa demanda.