A CDN, termo técnico para Content Delivery Network, ou simplesmente Rede de Distribuição de Conteúdo, foi criada no final da década de 1990. Na ocasião, veio para descrever um sistema de computadores e redes interligados através da Internet, que cooperam de modo transparente para fornecer grandes conteúdos de mídia a usuários finais. Mas foi com o avanço do digital e dos novos hábitos de consumo adquiridos nos últimos anos que a CDN passou a ser vital para o bom funcionamento dos grandes canais de compras. Afinal, se expandindo a todos os tipos de negócios virtuais, com apenas um objetivo: garantir a melhor experiência ao usuário.
No e-commerce, a CDN funciona como uma rede com vários servidores, distribuídos por diferentes localidades.
Desmistificando um pouco a questão operacional, a CDN funciona como uma rede com vários servidores, distribuídos por diferentes localidades. Quando o usuário faz um acesso, o servidor é selecionado por localização e proximidade para disponibilizar o conteúdo solicitado, entre textos, imagens, áudios, vídeos, seja qual for a informação, podendo ser acessado por todo o mundo.
Sendo assim, a CDN reproduz o conteúdo do servidor central que está salva nesses servidores locais. Ou seja, diminui o tempo de resposta e torna tudo ainda mais ágil e dinâmico, como deve ser. Se por algum motivo o servidor mais próximo não conseguir reproduzir o conteúdo ao usuário, ele procura por outros que possam fazê-lo, dentro do sistema CDN. Basta imaginar um usuário localizado em Belo Horizonte, Minas Gerais, buscando acesso a um portal cujo servidor central está localizado em Berlim, na Alemanha. Por meio da CDN, com servidores instalados em solo brasileiro, ele terá uma resposta muito mais rápida se comparado ao feedback diretamente do sistema central. Mais agilidade, maior relevância e taxa de conversão.
Importância da CDN para o e-commerce
Se você trabalha com e-commerce, é muito importante saber que a CDN oferece muitas vantagens e pode fazer seu canal decolar. Isso porque ela agregará velocidade, economia e segurança, garantindo estabilidade mesmo com aumento de tráfego. E hoje em dia existem diversas ferramentas que entregam, com eficiência, essas soluções.
Em termos de velocidade, nesse mundo de internet das coisas, cada segundo vale ouro. O Google recomenda que um site da internet seja totalmente carregado em dois segundos. Quando demora cerca de quatro segundos, o usuário desiste do acesso e vai para outro site mais rápido. Normalmente gerenciada pelo servidor do seu site, essa velocidade de dados e tráfego pode ser mais lenta se ele trabalhar sozinho — e é nesse momento que a CDN passa a mostrar o seu valor. Além disso, a velocidade de um site é um dos indicadores de SEO, para que ele ocupe as primeiras colocações no Google. Ou seja, quanto mais rápido, mais bem ranqueado.
O mesmo raciocínio é válido quando falamos em disponibilidade de conteúdo. Seja qual for o formato, um conteúdo de qualidade é capaz de atrair e ganhar a adesão de novos usuários ao seu canal, o que impacta fortemente nas conversões de vendas. Entretanto, é preciso estar preparado para esse aumento de tráfego, para que o site não fique indisponível ou sobrecarregado, mais lento ou com falhas. A CDN é capaz de garantir todo o suporte nesse sentido também.
CDN = redução de custos
Economia e segurança são fatores que caminham juntos quando falamos em e-commerce. Isso porque, ao confiar um projeto à expertise de uma empresa de CDN, os custos de hospedagem podem ser reduzidos — e não é preciso criar uma estrutura própria para isso. Uma plataforma de vendas bem gerenciada evita imprevistos e crises a serem contornadas. Da mesma forma, em termos de segurança, a CDN coordena todo o tráfego recebido pelo seu canal. E, portanto, ajuda a bloquear um ataque destrutivo DDos antes que o servidor seja atingido.
Apesar de toda essa importância, essas redes ainda têm um uso discreto no Brasil, sendo majoritariamente utilizada por grandes websites. Acredito, no entanto, que com o crescimento das empresas que oferecem essas soluções atuando no país, uma parcela maior de sites brasileiros (pequenos e médios) deverá adotar a tecnologia nos próximos anos.