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Estratégias para conseguir vender por meio de um site

Por: Luís Lourenço

Luís Lourenço é empreendedor, fundador e ex-CEO da Plug CRM, empresa adquirida pela RD Station, a plataforma de Automação de Marketing e Vendas líder no Brasil. Formado em Publicidade de Propaganda, possui MBA em Comunicação Estratégica e Branding e pós-graduação em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral, além de nove cursos na área de marketing e vendas pela ESPM-SP. Liderou o programa "Rede Global de Empreendedorismo", da Endeavor, em Belo Horizonte. Mentor de programas para startups, como Startup Weekend, Techmall, Founder Institute e outros. Hoje, é diretor do RD Station CRM, a principal ferramenta de vendas para pequenas e médias empresas no Brasil, segundo o portal B2B Stack, líder de mercado no Brasil, segundo a pesquisa Marketing Tools Latam.

Em pleno 2022, todos nós sabemos que um site pode ter uma influência enorme nas vendas. Essa afirmação não deve causar surpresas, já que a Internet faz parte das nossas vidas, e não é de hoje.

Ter um site tornou-se uma obrigação graças às exigências do consumidor moderno. Sem esse espaço, é muito difícil construir a confiança necessária para ser um negócio de sucesso. Mas isso não significa que o site existe simplesmente para ser exibido. Na verdade, a página é uma das formas mais eficazes para aumentar as vendas, desde que tenha as estratégias corretas de marketing digital.

Para ficar claro, podemos fazer uma comparação: ter um site hoje é como possuir uma graduação no mercado de trabalho. Esse é um item importante, mas simplesmente tê-lo não significa muita coisa. É preciso ir além e ter um algo a mais, elementos que entreguem acima do básico. No mercado de trabalho, esse diferencial pode ser preenchido com habilidades técnicas e soft skills, que o profissional consegue comprovar com certificados de cursos livres, por exemplo. Já no caso dos sites das empresas, isso passa pelas ofertas complementares que são feitas para atender a cada audiência.

Seja um material que explica como fazer alguma coisa, uma oportunidade de bater um papo com o time de vendas ou realizar um teste gratuito de algum produto, todas essas ofertas específicas podem estar presentes nas páginas de conversão. Um consumidor genuíno engaja com três a cinco peças de conteúdo diferentes, antes de entrar em contato com o canal de vendas e efetivar a compra, revela a Profitwell. Só que há um detalhe: contar com páginas específicas e bem direcionadas para uma oferta tem mais chances de render bons resultados.

É isso que mostra o estudo da RD Station, que analisou 20 mil landing pages, página que conta com todos os elementos voltados para a conversão, termo utilizado no universo de marketing digital para descrever os espaços que são criados com esse intuito. O levantamento demonstra que a taxa de conversão (percentual entre o número de pessoas que preenchem um formulário e aquelas que acessaram o conteúdo) desse tipo de página é quatro vezes maior do que a taxa de conversão geral de um site. Enquanto a média de conversão em páginas específicas é de 19,9%, no site o comum é chegar, no máximo, a 5%, dependendo do segmento de atuação no mercado.

Esse resultado mostra que criar páginas direcionadas para ofertas específicas consegue trazer mais pessoas para sua base de contatos. O impacto de ter o maior número de leads entrando na base é enorme: a empresa terá mais pessoas percorrendo fluxos de automação, recebendo campanhas de e-mail e passando pelo processo de qualificação do time de vendas.

Apesar disso, existem outras coisas que o profissional de marketing pode se atentar para melhorar os resultados. Por exemplo, existem landing pages que podem ter boa conversão na geração de leads. Mas que antes devem ser educados e nutridos, para só depois de ter algum tipo de engajamento e serem enviados para o time comercial. Segundo dados da Annuitas Group, leads nutridos fazem compras 47% maiores do que os não nutridos. Outro número relevante sobre o assunto é da MarketingSherpa, que aponta que 61% dos profissionais de marketing B2B enviam todos os leads gerados para vendas. Contudo, só 27% deles são realmente qualificados.

Uma boa estratégia para conversão é direcionar leads já qualificados para uma página específica e personalizada, que tem relação com as dores daquele potencial cliente. O profissional de vendas, utilizando as ferramentas corretas, poderá abordar comercialmente de forma contextualizada, de acordo com o problema do usuário, aumentando as chances de converter a venda. Esse alinhamento entre marketing e vendas permite alcançar um crescimento acelerado de forma previsível.

Para tomar a decisão mais estratégica, é preciso analisar as landing pages que geram mais leads. Mas, mais do que isso, avaliar os sites que criam mais receita no comercial. Essas páginas mais eficientes podem ter melhorias de processo no time comercial para uma abordagem mais rápida, que aumenta significativamente as vendas. Na metodologia PEACE, desenvolvida para gestão de vendas focada em produtividade e eficiência dos vendedores, falamos sobre o entendimento da jornada de marketing e vendas, mas também sobre a importância de uma boa abordagem pelo time comercial, entendendo em qual site uma pessoa converte, com quais informações, quando e por quê.

Essas páginas são projetadas para transformar os seus visitantes em leads, que no futuro podem ser oportunidades de negócios para as empresas. Quando um usuário fornece as informações de contato, significa que ele está aberto a receber mais detalhes sobre um produto ou serviço em um momento adequado.

Uma vez que a página esteja convertendo, ela se torna praticamente uma “máquina de vendas automática”. As empresas com funções de vendas e marketing estreitamente alinhadas desfrutam de taxas de retenção de clientes 36% mais altas e ganhos de vendas 38% acima da média, indica pesquisa da Marketing Profs. Portanto, as landing pages têm um papel importante na jornada dos consumidores e de compra. Quanto mais cedo os negócios utilizarem as boas práticas para a criação desses canais, mais rápido perceberão os resultados.

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