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E-commerce Online2Offline: unindo o melhor dos dois mundos

Por: Galleger Ilhe

CEO da Bis2Bis E-commerce, empresa especializada no desenvolvimento de lojas virtuais de alto desempenho. Galleger Ilhe possui mais de 20 anos de experiência com programação e consultoria de e-commerce, produz diversos conteúdos online e ministra palestras Brasil afora, ajudando empreendedores a vender mais no mundo virtual.

A internet, por um lado, aproximou as pessoas, conectou os quatro pontos cardeais principais do mundo, colocou à distância de alguns poucos cliques Ocidente e Oriente. Em termos de Brasil, não é diferente, as informações atravessam o País de forma muito rápida. A economia, por sua vez, também sofreu alguma mudanças, ficou mais integrada, vem se transformando em uma extensa e concentrada rede de produtores e consumidores.

Mas esta aproximação é relativa, nem todos os segmentos se beneficiaram com o surgimento desta “nova conjuntura”, como os negócios locais – armarinhos, frutarias, sacolões, quitandas e farmácias de bairro, que viram suas vendas caírem e parte de seu público migrar para o universo virtual.

A boa notícia para esta parcela de empreendedores é que na web as possibilidades são imensas e o espaço é amplo, especialmente para quem gosta do que faz, vê no mercado uma urgência e precisa modernizar seu estilo de negócio sem deixar sua essência.

Este tipo de negócio, que funciona online e opera local ou regionalmente pode ser classificado como O2O, em tradução literal “online-to-offline”, pois começa no universo virtual e termina no físico. Grandes marcas já trabalham neste modelo há algum tempo.

Um exemplo bastante conhecido e popular nos grandes centros são as farmácias ou até mesmo restaurantes. O cliente faz seu pedido online, realiza o pagamento e, mais tarde, pode retirar os produtos diretamente na loja ou ainda recebê-los em casa, como acontece com um delivery comum.

O grande diferencial deste tipo de e-commerce está na praticidade em poder fazer compras sem sair de casa, sem precisar enfrentar trânsito para se deslocar até a loja e na comodidade e facilidade de receber os produtos em casa no mesmo dia ou em um prazo muito inferior ao que outras lojas virtuais – que não operam localmente – ofereceriam. Ou seja, nesta conjuntura, o empreendedor não oferece somente o produto ou serviço em si, mas toda uma proposta de valor.

Além disso, é possível focar a operação, geograficamente falando, e demandar esforços no sentido de refinar a experiência dos consumidores com o objetivo de fidelizá-los, já que oferecendo uma gama de produtos menor e atuando em um espaço específico, existe a possibilidade de se concentrar na qualidade daquilo que se oferece.

Um exemplo de negócio que pode dar certo operando neste modelo são os supermercados (ou mercearias) – a dica, inclusive, é bastante democrática, afinal há supermercados em qualquer lugar e todos eles podem encontrar na web essa possibilidade. Com uma loja virtual, os clientes podem fazer suas compras e pagamento online e optar por retirar as mercadorias no ponto físico ou recebê-las diretamente em casa.

Outro modelo que poderia funcionar é um negócio no estilo drive-thru, que oferece comodidade e praticidade de um modo diferente. Algo que já é possível encontrar em algumas cidades brasileiras é uma espécie de padaria nestes moldes, onde o cliente entra, faz o pedido e retira, por exemplo, pães, frios e um café especial.

No entanto, pode acontecer de, nos horários de pico, o fluxo ser muito grande e a espera também. Uma solução para esse problema seria, com uma “loja virtual”, disponibilizar o cardápio completo, de modo que o cliente pudesse fazer seu pedido, e caso preferisse, o pagamento também, online, logo antes de sair de casa.

Depois, o sistema emitiria uma espécie de “nota”, detalhando e identificando o pedido e atestando o pagamento. O cliente, então, seguiria até o drive-thru e, durante este tempo, os atendente já teriam a possibilidade de agilizar o pedido. Assim, quando ele chegasse, o pedido estaria pronto e ele só teria o trabalho de pegá-lo.

Todos estes modelos de negócio vão ao encontro de uma tendência mundial – a automatização do consumo. Nesse sentido, o e-commerce é uma escolha harmônica, possível e real. Para quem busca um área para investir, fica a possibilidade. Vale estudá-la, pesquisar mais sobre o ramo e, se for o caso, por que não implantar em sua cidade?