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Dicas para escolher a melhor solução de pagamento

Por: Galleger Ilhe

CEO da Bis2Bis E-commerce, empresa especializada no desenvolvimento de lojas virtuais de alto desempenho. Galleger Ilhe possui mais de 20 anos de experiência com programação e consultoria de e-commerce, produz diversos conteúdos online e ministra palestras Brasil afora, ajudando empreendedores a vender mais no mundo virtual.

Uma opção central para a estruturação de uma loja virtual é a escolha da sua solução de pagamento. A grande divisão se dá entre duas modalidades: Intermediário de pagamento (ou financeiro) e Gateway de pagamento.

Elas podem ser basicamente definidas assim:

Intermediário de pagamento: a loja se filia ao intermediário, não se filia diretamente às operadoras de cartões e bancos. Assim sendo, os pagamentos dos clientes são recebidos pelo intermediário, que disponibiliza o valor para o lojista alguns dias depois.

Gateway de pagamento: O gateway automaticamente faz a ligação tecnológica entre as operadoras financeiras e a sua loja. Para isso acontecer, sua empresa precisa estabelecer filiações diretas com as operadoras de cartões e bancos. Como resultado, os pagamentos são depositados diretamente na(s) conta(s) da loja.

Em linhas gerais, essas são as diferenças. Olhando dessa forma, são muito similares, mas há alguns detalhes que realmente diferenciam uma modalidade da outra e é de acordo com eles que o administrador de um e-commerce deve tomar sua decisão.

Os intermediários facilitam os pagamentos por permitirem uma variedade muito grande de cartões e métodos. Suas soluções de segurança são mais robustas, prevenindo fraudes de pagamento com maior facilidade.

Entretanto, por serem instituições financeiras independentes, elas tomam decisões próprias e funcionam num ritmo mais independente. Por exemplo, os pagamentos não são confirmados imediatamente, podendo levar até alguns dias para que isso aconteça. As suas taxas costumam ser mais altas do que as dos gateways. Muitas vezes elas pedem que o comprador se registre também no seu banco de dados, além do registro usual na própria loja. Por fim, os intermediários não dão autonomia para o lojista decidir se aprova ou recusa uma venda.

Os gateways, por serem mais independentes, colocam o lojista muito mais em contato com todo o processo de pagamento. As confirmações de depósito são imediatas, já que caem diretamente na conta do lojista. As taxas das operadoras de cartões e bancos podem ser negociadas caso a caso. Porém, com essa independência, o lojista possui autonomia para decidir que vendas serão aceitas ou negadas, ou seja, o impacto financeiro de uma venda fraudulenta recai totalmente sobre o próprio lojista, o que é a grande questão quando se pensa em gateways.

Deve-se considerar o peso de cada escolha de acordo com a sua situação. Operações pequenas, microempresas, podem se beneficiar mais de intermediários, pois o risco de sofrer um calote é menor. Entretanto, o problema que acompanha esse benefício é que muitos compradores legítimos e honestos são negados por conta do rigor aplicado ao critério de aprovação. Isso pode representar a perda de bons clientes.

Ambas as modalidades oferecem muitos prós e alguns poucos contras. Meça a que melhor se ajusta às suas necessidades e qualquer contra certamente será minúsculo frente às suas vendas.