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Conteúdo para redes sociais na quarentena: o que e-commerces devem publicar?

Por: Rodrigo Martucci

Rodrigo Martucci é formado pela Universidade de Massachusetts e possui mais de 10 anos de experiência com e-commerce e marketing digital nos EUA e no Brasil. É o CEO e fundador da Nação Digital, agência especialista em e-commerce e eleita a melhor agência digital do Brasil pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.

A dica mais importante para as redes sociais durante a pandemia de Covid-19 é: não ignorá-la. Empresas precisam mudar a forma como se comunicam com seus públicos, que estão (em grande parte) em isolamento social e procurando conteúdo leve, positivo e tranquilizador para se distraírem e permanecerem confiantes.

A crise vem impondo grandes ajustes nas estratégias de marketing às empresas. Para cumprir esse desafio, é crucial ouvir a audiência, procurando uma visão mais profunda das discussões em torno da marca. Entender os anseios e as preocupações de quem está do outro lado da tela é algo valioso para iniciar e manter uma conversa nas redes sociais.

Formato

O vídeo é um formato essencial e eficaz para as marcas se conectarem com seu público nas redes sociais, por isso não surpreende ver as empresas continuarem aproveitando essa estratégia agora.

O Sprout Social Index 2019 já constatava que 45% dos consumidores gostariam que os vídeos ao vivo fossem mais utilizados pelas marcas.

Embarque no formato e pense em assuntos que sejam relevantes para o público. Também convide parceiros para ações em conjunto e, claro, não se esqueça de divulgar a live aos seus seguidores.

Uma estratégia para reforçar o posicionamento da marca e possibilitar que a audiência assista ao vídeo a qualquer hora é criar uma landing page para conceder acesso às gravações.

Relevância

A relevância é fundamental na crise, e o conteúdo precisa refletir a realidade da situação, além de ter alguns propósitos: apresentar informações essenciais às pessoas, apoiar a comunidade e oferecer diversão a quem está em casa, em isolamento social.

Quando se fala em entretenimento, as marcas podem interagir com os seguidores de várias maneiras. Algumas ideias para os setores de bebidas e alimentação são promover degustações de receitas e bebidas, além de envolvimento em happy hours e shows virtuais.

Petshops podem auxiliar tutores a fazer brinquedos para os animais e ensinar brincadeiras para a quarentena e, assim, manter os pets entretidos.

Empresas de tecnologia podem produzir conteúdos que ajudem quem estiver em home office. Marcas de moda e beleza também têm a possibilidade de explorar dicas de trabalho remoto, além de rotinas de autocuidado para saúde física e mental. Já e-commerces esportivos estão aptos a oferecer conteúdos sobre treino em casa e como se manter motivado para a atividade física.

Vendas

Não pare de vender, desde que o discurso seja adaptado à realidade atual. Construa uma comunicação empática, fazendo com que os clientes compreendam a sua situação.

É o momento de conceder descontos, como um incentivo para que as pessoas permaneçam em casa, comprem os produtos que necessitam e ainda ajudem o seu negócio.

Outro fator importante é ampliar os canais de atendimento, como WhatsApp, chat e redes sociais.

Vender na quarentena vem sendo um terreno delicado, já que o público pode sentir o cheiro de marcas oportunistas a quilômetros de distância, e não terá receio de apontar as que não estão sendo autênticas.

Neste momento, não se volte integralmente para o conteúdo promocional. Em vez disso, apoie-se em comunicações genuínas e que se conectem com os clientes.

Dos e donts nas redes sociais

Não pare de postar. Continue com o calendário de publicações e não diminua a frequência; caso contrário, a marca será esquecida mais rapidamente.

Entenda o que é relevante para o seu público. É o momento de promover diálogos. Descubra uma forma de encaixar a marca no novo contexto.

Faça um conteúdo equilibrado. Encontre harmonia entre os assuntos que serão publicados no feed e nos stories. A grande sacada é oferecer auxílio dentro do que a empresa faz.

Cuidado ao produzir o conteúdo. Se a sua marca não é da área de saúde, não tente se tornar autoridade sobre o novo coronavírus. Baseie-se na OMS e no Ministério da Saúde.