O desenvolvimento de aplicativos mobile passa por três “fases”, que completam um ciclo: descobrir, desenvolver e gerenciar. Um ciclo, e não uma sequência. Isso porque enquanto estamos desenvolvendo podemos notar algo novo ou diferente, o que nos faz voltar a descobrir. Ou podemos notar esse algo novo enquanto estamos gerenciando. Ou descobrindo podemos ver que aquilo ali não vai dar certo, e devemos dar um passo atrás. A característica mais forte do desenvolvimento de software ágil é essa: estabelecer hipóteses e iterar quantas vezes for preciso até chegar no “produto certo”.
O processo de descoberta de um produto certo (ou Product Discovery) começa antes do produto propriamente dito, para validar o problema e encontrar a solução. É necessário saber se o mercado em que você está entrando é grande o suficiente para que a parcela que você terá dele seja satisfatória e se existem pessoas dispostas a pagar pelo seu produto. A pergunta é: você resolve um problema relevante? E a principal maneira de resolver essa questão é conversar com seus possíveis clientes. Eles te darão o primeiro encaminhamento necessário.
O Product Discovery acontece de forma contínua, com pontos de checagem necessários para tomar as decisões de pivotar, manter, investir ou acabar com o produto. O time é formado por três pessoas: o Product Owner (PO), que tem a visão estratégica e geral do produto, entende de métricas e do negócio; um tech-leader, que faz os protótipos de alta fidelidade para serem testados; e um profissional de UX (user experience), que deve conceber as interações e garantir que a experiência do usuário seja satisfatória.
Esse time forma um “conselho de clientes”, que será entrevistado em diversos momentos para ajudar a validar as hipóteses, testando os protótipos. Neste contexto, algumas ferramentas podem nos ajudar a melhorar o processo. O Parse, por exemplo, oferece um Backend as a Service na nuvem e elimina a necessidade de saber desenvolver bem e rápido um backend, uma vez que o processo exige validação de ideias muito rápida. Outra ferramenta útil no processo é o Business Model Canvas, um mapa visual criado por Alexander Osterwalder que permite descrever modelos de negócio muito mais facilmente; além de templates de “Opportunity Assessment”.
Com esse processo, suas chances de criar o produto certo, seja ele um aplicativo ou qualquer outro produto digital, aumenta consideravelmente, apesar de não ser garantia de sucesso. Importante lembrar que nem sempre o produto certo é aquele que o cliente quer. Henry Ford uma vez disse que se ele perguntasse aos seus compradores o que eles queriam, eles diriam “um cavalo mais rápido”. Por isso, a importância de um processo iterativo, com validação de hipóteses e protótipos, por profissionais com experiência no negócio e que sabem o que fazem.
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