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Botões de compartilhamento custam tempo e dinheiro, vale a pena tê-los?

Poucos são os sites de e-commerce onde o Twitter representa uma fonte de tráfego com alto índice de conversão. Quando o assunto é Facebook, os resultados são diferentes. A rede social de Mark Zuckerberg é um mar de dinheiro ainda pouco explorado pelos lojistas brasileiros. Mas é preciso separar a estratégia de conquista de fãs para a página oficial no Facebook da utilização dos botões de compartilhamento.

Para aumentar o número de ‘Curtir’ no Facebook, você pode lançar mão de um floater na segunda visita do usuário ao seu site. Algumas lojas já utilizam essa estratégia e colhem bons resultados no crescimento de ‘fãs’ e visualizações do conteúdo disponibilizado em seus perfis, como fez uma loja online de cosméticos que chegou a ter um crescimento de 458% no número de usuários ativos e passou o número de 7 milhões de publicações visualizadas depois da implementação dessa estratégia.

O ponto negativo principal dos botões de compartilhamento é o de aumentar o tempo de carregamento da página requerida. Por isso, não adianta colocar 10 botões de várias redes sociais, pois alguns deles nunca serão usados e farão com que os usuários desistam de acessar sua loja pela demora no carregamento.

1) Como escolher? Quais botões ter na loja? Quem melhor usa esses botões?

Não há uma regra que estabeleça qual botão escolher para sua página, cabe a cada loja definir sua estratégia de atuação. Hoje, há uma infinidade de opções, com destaque para os botões do Facebook e Twitter, além do “mais novo” +1, do Google, que enfrentou, no início, algumas dificuldades para se consolidar devido ao tempo de carregamento mais lento que os outros.

Um ótimo exemplo de como utilizar os botões de compartilhamento é a Zappos, loja americana de sapatos. As suas páginas de produtos trazem o Compartilhar – Facebook, Tweet, Envie por E-mail e o “Share it”, além de trazer na parte inferior o botão “Curtir”, que também é da rede do Mark Zuckerberg, mas que possui especificidades diferentes.

2) É possível melhorar o avanço do conteúdo a ser compartilhado?

Posts são muito compartilhados nas redes sociais, assim como as matérias dos principais veículos de comunicação. Se você pensar em vídeos, conseguirá projetar um número milionário de compartilhamento. Mas por que os produtos de e-commerce – salvo os que trazem valor agregado como design, luxo e exclusividade – não são infinitamente compartilhados?

Justamente por não colaborarem na montagem da imagem idealizada para o usuário das redes sociais, já que o compartilhamento de links está ligado à construção da identidade digital do usuário. A ação de compartilhar produtos ‘tradicionais’ está ligada mais à necessidade do que “ao se mostrar” para as conexões virtuais.

Os e-commerces terão que evoluir suas páginas de produtos agregando conteúdo original produzido de acordo com a mercadoria divulgada. Por exemplo, uma loja de móveis conseguirá um maior resultado do número de compartilhamento se disponibilizar um vídeo sobre como organizar as gavetas da estante da sala de TV, ao invés de somente associar o botão “Compartilhar” à estante. É mais fácil um usuário divulgar um vídeo sobre uma curiosidade tecnológica usada na construção do solado, do que dividir com os amigos um link sobre um tênis – aparentemente simples – de corrida.

Sem dúvida alguma, vale à pena ter botões de compartilhamento nas páginas de produtos e listagens de departamentos/categorias, entretanto o mercado deve evoluir o conteúdo disponibilizado como forma de estimular o ato de compartilhar por parte dos usuários e, assim, agregar novos valores a cada produto. Essa evolução de conteúdo deverá acontecer paulatinamente, pois, o volume necessário de conteúdo é imenso. No entanto, é possível desde já aplicar o conteúdo existente, como os comerciais e vídeos tutoriais.

No fim, veremos que essa é uma minúscula parte do trabalho a ser feito. O momento é propício para o desenvolvimento de aplicativos interativos que estimularão essa gincana do compartilhamento social.

Artigo publicado na Revista E-Commerce Brasil, edição 04.
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