A popularização da internet e os novos hábitos do consumidor brasileiro fazem com que o desempenho do e-commerce no país chame atenção. Em 2015, mais de 70% das pessoas no Brasil compraram produtos pela internet e o setor de vendas online cresceu 15,3%. A pesquisa do E-bit/Buscapé informou ainda que o faturamento chegou a R$ 41,3 bilhões, no ano passado. Mesmo com a crise financeira, o segmento ainda deve apresentar um crescimento de cerca de 8% este ano.
De fato, o e-commerce é uma boa opção para o empreendedor brasileiro. Mas, nem sempre os empresários têm conhecimento suficiente para trabalhar no ambiente online. Dependendo da cultura empresarial da região, o e-commerce pode ser até subjugado. Em Santa Catarina, por exemplo, dados divulgados pela Federação do Comércio do Estado (Fecomércio/SC) mostram que apenas 8,6% dos empresários vendem online. E, mais impressionante do que isso, quase metade das empresas não tem presença virtual. Entre as principais dificuldades apontadas estão a questão da logística e a legislação.
Realmente, o Código de Defesa do Consumidor ampara muito o cliente, já a entrega, em um território tão grande como o nosso, ainda é um desafio a ser resolvido. Porém, devo ressaltar que não é algo impossível. Para melhorar a atuação do e-commerce catarinense e em outras regiões do país, destaco algumas dicas:
1 – Tenha uma interface amigável
Não tem nada pior do que entrar em um site de compras e se deparar com uma interface pouco amigável. A empresa deve atentar para navegabilidade do usuário, ou seja, o consumidor deve achar facilmente as informações necessárias para fechar a compra. Muitos banners piscantes e pop-ups atrapalham essa experiência e afastam o visitante.
Um sistema que permita o filtro do usuário é muito importante. O consumidor sempre vai querer aquilo que lhe for mais vantajoso. Por isso, o e-commerce deve fornecer filtros para que o cliente possa listar as ofertas por preço, avaliação do usuário, relevância e etc.
2- Peça o cadastro na hora certa
Segundo a Forrester Research, 23% dos compradores desistem do negócio, quando o site exige algum tipo de cadastro. Imagine, então, quantos não finalizam a compra por apenas esquecer o login e a senha. A melhor maneira para evitar essa complicação é oferecer um sistema de compras para visitantes. Assim, o site solicita as informações necessárias do usuário somente na última etapa. Além disso, prime por um formulário objetivo. Ninguém gosta de preencher algo longo. Deixe de lado o que for desnecessário para a efetivação da compra.
3 – Salve os dados
Um dos pontos fundamentais para construir um bom e-commerce é salvar os dados de navegação. Você deve, constantemente, aprimorar o site. Para isso, é essencial saber o que não está funcionando, analisar a fundo a taxa de rejeição, o tempo de permanência em cada produto e as páginas mais acessadas. Uma revisão atenta desses dados pode servir para garantir mais vendas no futuro.
4- Evite “surpresas” no pagamento
A pior coisa a se fazer em um site de compras é exibir um preço e na última hora alterar essa informação em um somatório final. Deixe claro, desde o início, dados do frete, possíveis juros e taxas de mediação. Assim, se o cliente continuar até o final na compra significa que ele realmente quer o produto. Mas, se ele notar alguma dessas surpresas no final, é provável que ele se sinta lesado e deixe de realizar o pagamento.
5- Forneça diversas formas de pagamento confiáveis
Normalmente, o e-commerce já permite uma série de opções de pagamento: cartão de crédito, débito e boleto bancário. Boleto bancário é fundamental para aquela parcela desbancarizada da população. Porém, vá além disso. O site de compras online deve poder combinar todas essas opções. Pense, sempre, na situação de cada cliente. Quem sabe ele tenha pouco dinheiro na conta e pouco crédito bancário? Talvez só consiga fechar o negócio se puder combinar essas duas formas juntas. Se o seu e-commerce possui produtos acima de R$500,00, é importante considerar implementar todo esse sistema de pagamento.
Lembre-se de que muitos ainda acham a internet um ambiente inseguro, principalmente quando o assunto é pagamento. Então, ofereça um sistema seguro e conte com a parceria de algum mediador como Asaas, PagSeguro ou Paypal, por exemplo.
Se você ainda tem dúvidas sobre a implantação do e-commerce na sua empresa, participe de consultorias, procure agências especializadas no setor e, especialmente, conte com ferramentas que permitam uma experiência boa tanto para o consumidor quanto para o empresário na hora de vender pela internet. A internet é o maior mercado que existe atualmente. Não deixe as dificuldades limitarem as vendas da sua empresa.