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Mercado de aplicativos e e-commerce gera US$ 700 bilhões por ano

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Estudo encomendado pelo Google prevê anta de receitas de internet móvel nos próximos anos por meio de aplicativos, conteúdo, impulsionados pelo e-commerce e publicidade

A internet móvel já gera cerca de US$ 700 bilhões em receitas anuais em 13 países, que representam cerca de 70% do PIB global (soma de tudo que as nações produzem, em determinado período). Segundo levantamento feito pelo The Boston Consulting Group (BCG), feito a pedido do Google, esse mercado gera o equivalente a US$ 780 por adulto, e criou postos de trabalho para cerca de três milhões de pessoas.

A estimativa é de que as receitas com internet móvel irão atingir US$ 1,55 trilhão em todos estes países em 2017, um aumento anual de 23%. 

Os 13 países pesquisados foram: Brasil, Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos. Os maiores responsáveis pelo crescimento das receitas de internet móvel nos próximos anos serão aplicativos, conteúdo e componentes de serviços do sistema, impulsionados pela rápida expansão do e-commerce e da publicidade.

De acordo com o estudo, as receitas estão crescendo especialmente em mercados em desenvolvimento, impulsionados pela concorrência entre os vários sistemas de internet móvel. A inovação e a competição estão levando a melhores dispositivos e queda dos preços para os consumidores.

As receitas com internet móvel no Brasil e na China estão crescendo a uma taxa anual de 25%, enquanto na Índia vem crescendo a 40% ao ano, comparado com aos Estados Unidos e à EU5 (European Union Five: France, Germany, Italy, Spain, United Kingdom). Mesmo em mercados mais maduros, como Japão e Coreia do Sul, as receitas de internet móvel estão crescendo em 10% ao ano, muito mais rápido do que a média do PIB global.

O novo relatório do BCG, que foi encomendado pelo Google, analisa o impacto econômico da economia digital relacionada a dispositivos móveis (comosmartphones, tablets e wearables) e exclui atividade econômica gerada pela indústria de tecnologia móvel mais ampla, como as receitas geradas por chamadas telefônicas, “mensagens de texto”, a fabricação de dispositivos não habilitados para Internet (telefones celulares muito simples, por exemplo), e as despesas de capital para atividades de dados não digitais nas redes móveis.

Os consumidores são de longe os maiores beneficiários da internet móvel. Nos 13 países estudados, o superávit do consumidor é de cerca de US$ 4 mil por ano, ou sete vezes o que os consumidores pagam por dispositivos e acesso. Ou seja, o valor que os próprios consumidores acreditam receber é bem acima do que eles pagam por dispositivos, aplicativos, serviços e acesso. 

O consumidor de Internet móvel nos 13 países tem um saldo positivo de US$ 3,5 trilhões por ano. O maior excedente agregado é do consumidor nos EUA (US$ 827 bilhões) seguido por China (US$ 680 bilhões). Em uma base per capita, os consumidores no Japão, Alemanha, França e Austrália, juntos, possuem excedentes com internet móvel de mais de US$ 6 mil por ano.

Competição no setor é acirrada

Segundo a BCG, em todas as camadas do sistema móvel há competição entre provedores de serviços, plataformas de capacitação e empresas fornecedoras de aplicativos, conteúdo e serviços.

A competição é particularmente intensa e a evolução especialmente rápida entre fabricantes de dispositivos e empresas de sistema operacional. Recentemente, em 2010, as plataformas BlackBerry e Symbian foram responsáveis por mais de metade de todas as vendas de smartphones nos 13 países pesquisados; eles agora representam menos de 5%.

Hoje, os sistemas IOS, da Apple, Android, do Google, e Windows Phone, da Microsoft, lutam por participação de mercado, ficando de olho em concorrentes mais novos, como Fire OS, da Amazon, a plataforma X, da Nokia, Xiaomi MIUI, Firefox OS, e Tizen, que estão aumentando a concorrência e a oportunidades de escolhas pelo usuário. Para a consultoria, esse cenário leva a uma inovação mais rápida, mais dispositivos e preços mais baixos.

Fonte: IG