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Vendas online a estrangeiros garantem receitas a pequenos negócios

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

Quando o mercado interno desaquece, ou quando o dólar ronda a casa dos R$ 4,00, as oportunidades do e-commerce internacional tornam-se ainda mais atrativas. Empresas brasileiras vendendo para estrangeiros via internet já movimentavam R$ 1,5 bilhão em 2013 e deverão movimentar R$ 4 bilhões em 2018, estima o estudo “A Moderna Rota das Especiarias” da Nielsen, encomendada pelo PayPal em 2013.

Esse mercado é povoado por empresas como Verve Traduções, Crux Ecoaventura e Nativa Gems – todas elas brasileiras e de pequeno porte – que já registram um crescimento significativo de seus respectivos faturamentos por meio das vendas na Internet para clientes estrangeiros. Para elas, parte do sucesso dessas vendas deve-se ao PayPal pois, além de uma base de 173 milhões de clientes ao redor do mundo, o sistema de pagamentos online presente em 203 mercados também garante ao consumidor estrangeiro segurança e simplicidade na hora de pagar.

Pequenas empresas do e-commerce, aliás, são para o PayPal do Brasil um segmento estratégico. “Apoiamos o empreendedorismo brasileiro, que é chave para a abertura de novos postos de trabalho no País”, Gabriela Szprinc, head da área de Pequenas e Médias Empresas e de Organizações Não Governamentais do PayPal Brasil.

O e-commerce brasileiro conta hoje com 450 mil sites ativos, segundo pesquisa do PayPal encomendada à Big Data, divulgada em março de 2015. Os pequenos sites, que recebem até 10 mil visitas mensais, representam 88% deste universo. A pesquisa indica, ainda, que 60% dos sites ainda não oferecem qualquer opção de pagamento online.

“Esse segmento de mercado tem condições de aproveitar a oportunidade extraordinária que a demanda internacional por produtos e serviços locais representa”, frisa Gabriela. “Acreditamos que a participação do microempresário no e-commerce brasileiro, que movimentará R$ 150,9 bilhões até o final deste ano, segundo pesquisa encomendada à Ipsos pelo PayPal, possa ser cada vez mais significativa, inclusive em suas vendas ao exterior (*)”, afirma a executiva.

Confiança para quem não conhece de quem está comprando
Pequenos empresários já estão atentos à oportunidade. “O PayPal é uma marca reconhecida internacionalmente e vários dos meus clientes que ficam no exterior exigem que o pagamento seja feito por esse meio”, afirma Raquel Lucas de Sousa, sócia diretora da Verve Traduções.

Marcelo Paula de Castro e Silva, mais conhecido por “Marcelo Crux”, sócio fundador da Crux Ecoaventuras, empresa especializada em turismo de experiência no Rio de Janeiro, acrescenta: “temos, ainda, a possibilidade de o dinheiro ser pago no dia seguinte, ainda que o consumidor final tenha feito o pagamento com cartão de crédito, o que nos ajuda na gestão do capital de giro”.

Richard Katz, diretor geral da Nativa Gems, exportadora de pedras semipreciosas e itens de decoração feitos a partir de pedras, ressalta outro ponto. “Para o comprador estrangeiro, o Brasil não desfruta de tradição em vendas online. Por isso mesmo, muitos potenciais compradores das peças produzidas por nós ficam temerosos de fornecer o número do cartão de crédito diretamente aos atendentes da nossa empresa. Com o pagamento eletrônico via PayPal, os dados do cartão de crédito do comprador não são compartilhados conosco, o que confere credibilidade à transação”, ressalta o empresário.

Valores baixos e frequentes
À frente de uma pequena agência de traduções especializada em legendagem institucional e interpretação, Raquel trabalha há cinco anos com o PayPal. No princípio, ainda como tradutora independente, e há um ano e meio com sua empresa, oferecendo-o como meio de pagamento principalmente às multinacionais que demandam os seus serviços, o que simplifica o trâmite das remessas vindas do exterior.

“Moro em Ubatuba e trato todo o administrativo da empresa daqui. E, muitas vezes, em cidades menores, os gerentes de bancos não estão acostumados a trabalhar em outras moedas, com valores pequenos e frequentes. Sem contar que a burocracia bancária nesse tipo de transação representa um sofrimento constante”, cita a empresária cujo faturamento provém até 70% do exterior. “Com PayPal, não tenho de ir ao banco, assinar documentos, pagar a taxa fixa que eles cobram. Ela, aliás, pode ser bastante onerosa quando os valores são mais baixos”, acrescenta. Ao contrário, pontua Raquel, “com o PayPal, a taxa cobrada é um percentual sobre o valor total”. Os valores que chegam à sua conta PayPal são transferidos, via internet, à conta bancária local. Tudo fácil, transparente e seguro.

Encantando turistas
Às vésperas das Olimpíadas, os olhos do turismo internacional voltam-se para o Rio de Janeiro. A Crux Ecoaventura está pronta para recebê-los, garante Marcelo Crux. “Oferecemos passeios e experiências incríveis em florestas, montanhas, rios e mar na cidade e no estado do Rio de Janeiro”, resume. Anualmente, sua empresa atende perto de 2 mil turistas, 85% dos quais estrangeiros.

Os cerca de 30 guias bilíngues da agência de turismo especializada em aventuras são todos profissionais e acompanham norte-americanos, ingleses, europeus do Leste, além de pessoas vindas do Oriente Médio, assim como de países mais próximos como Venezuela e Colômbia em experiências que privilegiam o contato com a exuberante natureza local.

Segundo Marcelo, que, além de empresário, é presidente da Associação Carioca de Turismo de Aventura, o segredo do seu negócio vai além de dispor dos melhores guias bilíngues, com habilitação do Ministério do Turismo e com curso de capacitação técnica em condução de aventura. É preciso, ainda, estar atento a soluções de web commerce fáceis e seguras, pois uma parcela significativa de turistas o contrata por esta via.

“O PayPal é o meio de pagamento mais tradicional que existe. Portanto, com ele, passamos a imagem de que nossas transações são confiáveis”, explica. “Para nós empresários, há outra vantagem. O PayPal não fica mudando as regras, como fazem outros meios de pagamento. E o recebimento é muito simples: só preciso entrar no site e pedir a transferência dos valores para minha conta bancária. É ótimo trabalhar assim”, elogia.

Oportunidade única para quem exporta
A Nativa Gems, uma exportadora fundada em 2007 por Katz, possui mais de 500 itens no catálogo. O empresário da Nativa Gems reforça que o momento é particularmente positivo para quem exporta. “Com o dólar rondando os R$ 4, empresas como a minha sofrem um impacto positivo”. Segundo ele, as vendas na internet com PayPal já representam de 25 a 30% do seu faturamento. E este valor, acredita, tende a crescer.

Veja a versão completa da pesquisa do PayPal encomendada à Ipsos em 2015 aqui.

A pedido do PayPal, a Ipsos entrevistou uma amostra representativa de um total de 23.354 (com 18 anos ou mais) que usam ou têm um equipamento com acesso à internet em 29 países (Reino Unido, Irlanda, França, Alemanha, Áustria, Suíça, Itália, Espanha, Holanda, Suécia, Polônia, Turquia, Rússia, Israel, Emirados Árabes, Estados Unidos, Canadá, Brasil, México, Argentina, Índia, Japão, Coréia do Sul, Cingapura, Austrália, África do Sul, Nigéria e Egito).

As entrevistas foram conduzidas online entre 17 de setembro e 28 de outubro de 2015. O trabalho de campo no Brasil foi conduzido entre 23 de setembro e 5 de outubro de 2015, a partir de uma amostra de 800 pessoas.

Os dados foram ponderados para representar a incidência de compradores on-line em todos os países da pesquisa. E, em quatro deles – Coréia do Sul, Cingapura, Egito e Emirados Árabes – os dados foram ponderados também para se ajustarem ao perfil demográfico dos usuários de internet.