As vendas por smartphones e tablets vão responder por 20% da receita do comércio eletrônico brasileiro em 2016, que tem um faturamento projetado de 44,6 bilhões. No ano passado, as vendas móveis representaram 12% do faturamento no ano e 14,3% apenas no mês de dezembro. “Não temos mais dúvidas que o dispositivo móvel é a chance de crescimento e de saída para esse momento econômico desfavorável é o dispositivo móvel, em especial o smartphone. Todo mundo quer ter um e quer estar conectado”, diz Pedro Guasti, da E-Bit.
A massificação do 3G e do 4G vai acelerar a tendência de comprar pelo smartphone, em especial, no interior do país, mas há questões relevantes para ser tratadas o quanto antes pelo Varejo. A principal delas é que a maior parte não tem um site específico para o dispositivo móvel. Muitas, mesmo as grandes, não têm aplicativos para simplificar a aquisição dos produtos.
“Hoje boa parte das compras móveis acontece com conexões WiFi porque o usuário não confia na conexão móvel para fechar a sua transação. Com o 3G e o 4G massificados, essa tendência pode mudar e muitos usuários deixarem de fazer apenas consultas para concluir uma aquisição”, pondera André Dias, diretor-executivo da E-Bit/Buscapé.
No varejo tradicional o smartphone é uma estrela nas vendas online. Em 2015, o segmento de telefonia cresceu 45%, muito em função da disputa dos fornecedores de smartphones. “Houve uma guerra de preços entre os fabricantes e, no ano passado, a Motorola (MotoX/Lenovo) superou a Samsung na preferência das vendas online”, informa ainda Dias.
A integração maior do varejo físico com o online é uma necessidade imediata, mas os varejos online (Internet) e o móvel ainda são vistos de forma ‘secundária’ nas estratégias dos grandes varejistas. “A parcela de receita advinda da mobilidade já deveria despertar atenção especial do varejo brasileiro. A venda por aplicativo próprio respondeu por 3% em 2015 e deverá dobrar em 2016 e há muito, muito para crescer. Mas a hora de desenvolver modelo de negócios é agora”, adverte Pedro Guasti.
Um dos pontos importantes da 33ª edição Webshoppers é a mensuração da satisfação do cliente com a compra online – sempre considerado um calcanhar de Aquiles na relação consumidor x empresa. Pelo estudo, a maior parte do varejo está levando, em média, 10 dias para entregar os produtos contratados e houve uma redução significativa das reclamações.
Muito, explica Guasti, em função da redução do frete grátis para o frete pago. “Esse alinhamento garante mais a entrega do produto e o índice de satisfação cresceu para 65% entre os consumidores. Ainda temos problemas com a logística, que é um investimento muito caro, mas melhorou bastante”, acrescenta o diretor da E-Bit.
Fonte: Convergência Digital