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Vendas mobile se destacaram em 2014

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Um dos principais impulsionadores de vendas no e-commerce em 2014 apontado pela e-Bit foi o mobile. A participação dos dispositivos móveis nas compras virtuais deve fechar 2014 entre 9% e 10%. Praticamente o dobro do índice registrado no fim de 2013. Entre a Black Friday e o Natal de 2013, as compras via dispositivos móveis representaram 4,8% do faturamento total e 4,5% dos pedidos. Em 2014, passaram para 8,8% do faturamento (crescimento de 82%) e 8,8% do total de pedidos (crescimento de 96%).

“O interessante é que, este ano, verificamos um maior volume de pesquisas de preço e de vendas feitas através de smartphones, em vez de tablets”, comenta Rodrigo Borer, CEO do Buscapé para América Latina. “Em 2013, 12% das pesquisas de preço realizadas no Buscapé foram originadas em plataforma móveis, com os tablets respondendo por 2/3 do total. Este ano, 32% das consultas foram feitas mobile. E os smartphones respondem por 2/3 delas”, diz o executivo. Não por acaso, o acesso maior é em horários nos quais o consumidor está em trânsito.

Em 2015, um grande desafio para os varejistas virtuais será preparar suas lojas para que essa massa de consumidores que pesquisa através de dispositivos móveis possa também realizar as suas compras através deles.

Segundo Borer, pesquisa realizada recentemente pela e-Bit mostra que a péssima experiência dos usuários ao tentar usar os sites de e-commerce através do smartphones, aliada à sensação de insegurança, são os maiores inibidores das compras através de m-commerce.

“Em relação à segurança, o m-commerce passa hoje por uma situação semelhante à do e-commerce em seus primórdios. Apesar os smartphones serem mais seguros que os desktops para transações financeiras, eles ainda são percebidos pelos consumidores como plataformas inseguras”, afirma Borer. “Isto nos surpreendeu”.

Na prática, varejista que quiser apostar no m-commerce para ser multicanal de fato terá que investir não só na adaptação de seus sites, como também em campanhas de conscientização dos consumidores quanto à segurança das plataformas móveis.

Fonte: Idgnow