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Varejo responde por 51% da receita das agências

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

O varejo segue sendo o grande protagonista na vida das agências brasileiras. De acordo com estudo feito pela Toledo & Associados e apresentado pela Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) em parceria com os Sinapros (Sindicatos das Agências de Propaganda), o segmento responde por 51% da receita e compõe o portfólio de clientes de 80% das agências entrevistadas. O varejo também se destaca como o setor que mais deve impulsionar o crescimento das agências no próximo ano, na opinião de 42% dos entrevistados.

A pesquisa abrangeu 747 agências, das quais 63% na região Sudeste, 15% na região Sul; 9% no Centro-Oeste, 11% no Nordeste e 2% na região Norte. São agências de diferentes portes e estrutura, que contam com 16 anos em média de atividades; 90% não integram qualquer grupo empresarial; 86% não possuem filiais em outros Estados; seu portfólio inclui 15 clientes e 16 contas em média, com uma estrutura média de 20 pessoas por agência.

Segundo a pesquisa, a remuneração das agências já vem crescendo na direção dos contratos por fee regular (estabelecimento de valor mensal, baseado no volume de serviços a ser entregue ao cliente) e success fee (bônus repassado pelo cliente à agência, condicionado à superação de metas) e também da cobrança de outros serviços.

Atualmente, a receita obtida com taxa de veiculação representa 33% do total, enquanto serviços internos já são 20% da receita; contratos por fee e success fee são 17% e honorários sobre produção externa, 14%. No Estado de São Paulo, os contratos por fee e success fee já são a principal fonte de receita.

Já o segmento do governo e contas públicas, embora tenha liderado o crescimento da receita em 2015 em 52% das agências, só compõe o portfólio de clientes de 44% delas e é apontado por apenas 18% dos entrevistados como potencial impulsionar da receita em 2016.

Os setores que mais influenciaram o declínio da receita das agências em 2015 foram os produtos de consumo, o setor imobiliário e a indústria, segundo a opinião, respectivamente, de 69%, 66% e 58% das agências entrevistadas. Estes também são os setores com menor potencial de crescimento da receita em 2016.

 

Fonte: Propmark