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Varejo online exige investimento pesado

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Como objetivo de fugir de produtos largamente comercializados pela internet, os jovens Lucas Amoroso Lima e Pedro Prellwitz decidiram se lançar no varejo online com uma loja voltada aos cuidados pessoais do público masculino.

“Queríamos muito empreender, mas tinha que ser algo que a gente se enxergasse como consumidor”, diz Lima. “E vimos que o setor de produtos para barba, cabelo, rosto e corpo dos homens tinha muita carência na web. Mesmo o mercado feminino sendo dez vezes maior, decidimos apostar no que era menos óbvio.”

A empreitada começou em junho do ano passado, e em outubro o site foi ao ar. “Começamos com um esquema baratinho, pagando R$50 por mês para manter a página. Mas, conforme o número de clientes foi crescendo, muito pela divulgação boca a boca, percebemos que tínhamos de angariar recursos para investir mais em tecnologia e organizar a administração e o estoque do negócio.”

Já em novembro, o Men’s Market recebeu aporte de R$ 500 mil de 14 investidores (alguns ex-chefes de Lima, que trabalhou em um fundo de investimentos).

Com volume maior de itens comercializados, o empresário conta que conseguiu fechar contrato com os Correios, desembolsando 50% a menos. São necessários, por mês, pelo menos R$ 1 mil em frete. “Tentamos com transportadoras também, mas foi inviável. O mínimo exigido eram R$ 20 mil mensais em frete, com faturamento de R$ 400 mil”, conta, sem revelar sua receita.

O site oferece frete grátis para compras acima de R$ 99. Para melhor gerenciar o negócio, os sócios contrataram um software específico da Beta Labs e afirmam que o faturamento cresceu mais de 30 vezes desde a implementação.

“Deixamos as planilhas de Excel e começamos investindo R$ 800 em TI. Hoje, desembolsamos R$ 5 mil por mês com software, manutenção do site e servidores e para inserir palavras-chaves em sites de busca.”

O GestãoJá, sistema de ERP voltado à pequena empresa, tem versão para e-commerce e armazena todas as informações corporativas na nuvem. Uma das vantagens aos comerciantes de menor porte é que, a cada venda realizada, automaticamente é emitida nota eletrônica e dada baixa no estoque.

O serviço controla as finanças e gera relatórios. É possível ainda se integrar como Mercado Livre. “No mínimo, a eficiência nos negócios é dobrada”, afirma o diretor da Beta Labs, Felipe Cataldi.

Lançada em 2012, a Beta Labs investiu R$ 250 mil no negócio, encerrou aquele ano com faturamento de R$ 1 milhão e, para 2013, espera dobrar sua receita.

Por: Gouvêa de Souza