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Tecnologia impulsiona comércio online

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Mesmo com o cenário de retração, o comércio online deve crescer em 2015 e os números já mostram isso. No mês de maio o varejo, de forma geral, registrou queda de 4,6%, puxado pelo fim de incentivos fiscais e inflação crescente. Enquanto isso, o e-commerce registrou um crescimento de 7,4%, em relação ao mesmo mês do ano passado.

A venda online de móveis e vestuário foram as que mais se destacaram neste período, apresentando um crescimento acima da média do e-commerce. Enquanto isso, eletrônicos, produtos farmacêuticos e livros registraram uma queda nas vendas.

Segundo o índice estatístico T-Inside, que mede o desempenho do comércio online no mundo, o Brasil tende a conquistar a quarta colocação no ranking mundial de vendas online, em 2015. Três posições à frente do último ano, quando o país ficou na sétima colocação. De acordo com o mesmo índice, o Brasil deve crescer cerca de 43% no e-commerce mundial.

Claro que, para aproveitar a boa fase, o comércio eletrônico precisa se adaptar aos novos tempos, investindo em tecnologia e oferecendo serviços de acordo com a demanda. Para Frederico Flores, CEO da Ecommet, num momento de crise, em que o consumidor perde seu poder de compra, a alternativa é “oferecer opções de produtos mais em conta e, de forma alguma, se deve elevar os preços para compensar perdas.

Isso faz com que os clientes busquem alternativas na concorrência”. Ele afirma ainda que é fundamental inovar, mas é importante focar em segmentos realmente rentáveis. “Investir em mercados promissores reduz drasticamente sua probabilidade de fracassar, já que eles sempre necessitam de serviços ou produtos inovadores”.

Neste cenário de crescimento do comércio digital o papel dos setores e empresas de TI é muito importante. Segundo Eduardo Prillwitz, diretor da Prill Tecnologia, a Inteligência da informação é uma importante aliada para enfrentar a crise.

Uma vez que o empresário utiliza os dados de compra a seu favor, fica mais fácil oferecer os produtos certos para as pessoas certas, entender o perfil do público alvo, seus hábitos de consumo e preferências. “Com uso de  CRM (cruzamento de dados) é possível criar novos serviços, fazer estimativas mais precisas, sem falar da redução de gastos, reforça Eduardo.

Segundo um estudo encomendado pelo Paypal, empresa de pagamento online, o comércio eletrônico na América Latina deve crescer 177% até 2018. No topo da lista de consumo, Brasil México e Chile se destacam como mercado promissores.

Este avanço depende, em grande parte, das empresas de tecnologia. A elas cabe a importante tarefa de aperfeiçoar plataformas de compra, gestão e segurança. Além de investir no comércio mobile, que só em 2015, até agora, foi responsável por 14% do comércio online no Brasil. A retração das vendas em lojas físicas, ante o crescimento do e-commerce em seus diferentes meios, mostra que a inovação é uma solução durante a crise e fora dela.