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Sites instáveis e preços ‘inflados’ geram reclamações na Black Friday

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Internautas que buscaram aproveitar descontos promovidos em lojas on-line de grandes varejistas brasileiros na Black Friday, a partir da meia-noite desta sexta-feira (23), encontraram vitrines virtuais fora do ar, lentidão para carregar páginas e finalizar compras.

Em redes sociais como Facebook e Twitter, consumidores também reclamaram de ofertas com preços inflados para forjar descontos maiores em lojas on-line. A prática é caracterizada como “publicidade enganosa” no Código de Defesa do Consumidor (CDC), segundo a Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP) e deve ser denunciada. No ano passado, os varejistas Wal-Mart e Fast Shop foram autuados por publicidade enganosa.

“Descumprimento à oferta
A recomendação do Procon-SP para o consumidor que não conseguir fazer a compra na hora é tentar novamente. Caso não consiga acessar a loja na segunda tentativa, ele deve registrar uma reclamação junto ao Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do varejista e entrar em contato com o Procon-SP para fazer uma denúncia.

O problema de instabilidade ou lentidão que impede a finalização da compra on-line é caracterizado no CDC como “não cumprimento à oferta” e o varejista pode ser notificado pelo órgão de defesa do consumidor a prestar esclarecimentos. O mesmo procedimento pode ser adotado no caso de “publicidade enganosa”. No ano passado, dois varejistas foram autuados por publicidade enganosa, segundo o Procon-SP

De acordo com o portal Busca Descontos, organizador da iniciativa que chega à terceira edição este ano, a demanda dos internautas pelo site www.blackfriday.com.br superou as expectativas gerando instabilidade de acesso. “Nos primeiros minutos da promoção foram registrados 75 mil acessos simultâneos, o que ultrapassou a capacidade máxima do servidor. A quantidade de acessos na primeira hora da Black Friday Brasil 2012 superou em sete vezes o mesmo período do ano anterior”, disse a empresa em comunicado.

O portal acrescentou que o acesso ao site já foi normalizado. “Em caso de novos momentos de indisponibilidade, a recomendação é aguardar alguns minutos e acessar o site novamente”, disse a empresa.

A divisão de comércio eletrônico do Grupo Pão de Açúcar, que representa as lojas Extra.com e PontoFrio.com disse que não registrou problemas com o acesso aos sites. A empresa informa que se preparou para receber um volume maio de acessos no dia de hoje já que a previsão para a loja virtual do Ponto Frio era superar as vendas das duas edições anteriores da Black Friday.

A Saraiva informou ao G1 que ampliou a capacidade de sua infraestrutura de e-commerce para a edição 2012 do Black Friday, mas o volume de acessos foi superior ao previsto. Segundo a empresa, “o site recebeu, no mesmo instante, cerca de seis vezes mais acessos, causando instabilidade logo após a meia-noite, porém sendo rapidamente restabelecido pela equipe de plantão”.

No ano passado, a Black Friday registrou R$ 100 milhões em vendas eletrônicas. Este ano, a promoção reúne 300 varejistas on-line e a expectativa de faturar R$ 135 milhões, segundo o Busca Descontos.

Procurados pelo G1, os varejistas B2W, Fast Shop e Fnac não se pronunciaram sobre as instabilidades em seus sites até a publicação desta reportagem.

Com informações de G1 Economia.