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Setor de serviços tem nova queda no volume de vendas, mas começa a dar sinais de reação

Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada na última sexta-feira (16) pelo IBGE, mostra que o volume de receitas do setor de serviços caiu 4,5% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Pelo quarto mês seguido, todos os cinco grupos de atividades pesquisadas (“serviços prestados às famílias”; “informação e comunicação”; “profissionais, administrativos e complementares”; “Transportes, serviços auxiliares dos transportes” e “Outros”) registraram perdas. Além disso, esse foi o 16º recuo consecutivo nesse tipo de comparação e o pior resultado para um mês de julho desde o início da pesquisa em 2012.

Por outro lado, quando comparado a junho, o IBGE registou alta de 0,7%, já com o ajuste sazonal. É o segundo maior resultado em um ano e meio nessa base comparativa e o melhor desde o início da reação da confiança do setor de serviços a partir de abril de 2016.

Segundo a Fundação Getulio Vargas, a confiança do setor se manteve próxima ao piso histórico até o final do primeiro trimestre deste ano, passando a reagir favoravelmente a partir de abril. Nos últimos quatro meses, esse indicador já acumula alta de aproximadamente 14%.

Dentre os cinco grupos de atividades, destacaram-se positivamente os serviços prestados às famílias, cuja variação do volume de receitas (+3,2%) foi a maior desde agosto de 2014 (+6,3%).

A evolução da confiança e o fechamento menos intenso de vagas no mercado de trabalho, inclusive no setor de serviços, nos últimos meses levaram a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a revisar de -4,1% para -4,0% sua projeção de variação do volume de receita ao final de 2016.

No entanto, a entidade acredita que a lentidão no processo de redução da inflação e a manutenção da atual política monetária contracionista deverão levar o setor a fechar o ano com o seu pior desempenho em termos de volume de vendas desde o início da PMS. De 2012 a 2015, a receita real do setor variou +4,3%, +4,1% e 2,5%, -3,6%, respectivamente.

Fonte: CNC