A Copa do Mundo 2014 gerou 672 milhões de tuítes globalmente, e o microblog firmou parceria com 135 dos 200 maiores anunciantes no Brasil. Mas, e fora desses eventos esportivos? Como funciona a indústria de esportes no País?
Segundo uma pesquisa realizada anualmente pela Kantar Media Sports e pelo Sport Business Group em 16 países, 54% dos entrevistados consomem conteúdo digital esportivo diariamente e 90%, semanalmente.
Fábio Trindade, general manager da Perform no Brasil, empresa responsável pela divulgação da pesquisa, os números mostram que se as marcas criarem uma campanha muito curta, elas não poderão atingir os 41,7 milhões de usuários brasileiros. “Talvez, esses números também mostrem que seja mais fácil alcançar esse target esportivo a curto prazo. Não adianta ter uma campanha de um mês apresentando o mesmo conteúdo, pois metade da audiência consome diariamente”, afirma.
Outro ponto levantado pela pesquisa é que os brasileiros buscam informações em 3 ou 4 fontes distintas. Ou seja, concentrar a verba em um único portal pode não ser a melhor opção. Mesmo em relação às redes sociais, os fãs de esporte utilizam de 2 a 3 plataformas. Trindade afirma que “esporte na cabeça do brasileiro é integrado, por isso a marca deve estar distribuída em diversos meios e canais”. Para ele, as empresas devem fazer um cruzamento de informações com suas estratégias.
Além do futebol
Grandes eventos como a Copa do Mundo direcionam grande parte da publicidade para o futebol. Entretanto, a pesquisa revela que 43% dos entrevistados acompanham vôlei e 39% são fãs de Fórmula 1. Ainda assim, poucas marcas patrocinam esses esportes e há poucas campanhas voltadas ao segmento. “Com as Olimpíadas de 2016 no Brasil, as marcas devem aproveitar essa gama de outras modalidades, estamos vivendo um momento de esportes no País e esse pode ser o momento para as empresas enxergarem novas oportunidades”, diz Trindade.
Apesar do elevado consumo digital, as pessoas ainda vão aos estádios (64%), assistem à TV (92%), ouvem ao rádio (53%) – ainda que no ambiente online -, leem notícias impressas (65%), utilizam o mobile (59%) e plataformas sociais (51%).
Isso prova que existem inúmeras maneiras de fazer ativações, inovando no ambiente e no formato também. De acordo com o estudo, 51% dos entrevistados consomem estatísticas, 26% acompanham blogs ou fóruns, 52% assistem a comentários de jogos e eventos ao vivo.
Segundo Trindade, as marcas poderiam aproveitar melhor as oportunidade. “O digital oferece inúmeras formas de engajamento. Mas, qual marca tem um aplicativo de segunda tela para vôlei? Quantas tem uma seção destinada à Fórmula 1? Acredito que a chave é investir em outras modalidades, ambientes e formatos. Com a pesquisa, queremos ajudar as marcas, trabalhando de forma consultiva e proativa”, conclui.
Com informações de: Proxxima