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Penetração do e-commerce atinge quase um terço dos internautas brasileiros

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Embora o comércio eletrônico brasileiro venha crescendo rapidamente ao longo do tempo, uma nova pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) mostra que apenas 29% dos internautas brasileiros compraram pela internet nos últimos 12 meses, revelando que ainda há um longo caminho pela frente quando se trata de consolidar o setor no país.

Entre as regiões com maior proporção de usuários comprando virtualmente, a região Sudeste lidera com 33%, seguido pela região Sul, com 28%, e Centro-Oeste, com 26%. Além disso, a penetração do e-commerce é maior na zona urbana (33%) que na rural (16%).

Cartão de crédito é o método de pagamento mais disseminado

O cartão de crédito foi a forma mais popular para o pagamento das compras em sites de comércio, sendo utilizado em 70% das transações, seguido por boleto bancário (35%), débito online ( 7%) e pagamento na entrega, representando 3% do total.

Produtos eletrônicos são os mais populares

Equipamentos eletrônicos foram os produtos mais visados em lojas virtuais, sendo adquiridos por 47% dos entrevistados, seguidos por eletrodomésticos (46%), roupas, calçados, materiais esportivos (36%), informática (28%), livros, revistas ou jornais (22%), viagens (21%), filmes, músicas e toques para celular (15%) e ingressos (14%).

Outros produtos citados pelos compradores incluem software (9%), materiais para educação a distância (9%), jogos de computador ou videogame (8%), medicamentos (7%), comida e produtos alimentícios (6%), serviços financeiros e seguros (5%), loterias e apostas (3%) e flores (2%).

Maioria dos internautas compara preços

A pesquisa ainda revela que, embora a proporção de internautas que compra virtualmente não atinja um terço do total, mais da metade dos usuários de internet do país (59%) afirmam realizar consultas on-line para obter informações sobre os preços dos produtos.

Estes resultados são semelhantes aos encontrados em um recente estudo da comScore e IAB Brasil, o qual revelou que 65% dos internautas brasileiros pesquisam informações na internet sobre produtos que desejam comprar em lojas tradicionais.

Necessidade de ver o produto pessoalmente é o maior entrave ao e-commerce

Entre os principais motivos apontados pelos internautas para não comprar em sites de comércio eletrônico, a necessidade de visualizar o produto pessoalmente liderou a lista, razão lembrada por 53% dos entrevistados, enquanto 40% alegam não ter interesse neste tipo de comércio. Outros fatores citados foram preocupação com privacidade e segurança (26%), não confia no produto que irá receber (21%), força do hábito / costuma comprar nos mesmos estabelecimentos (11%), falta de habilidade com a internet (8%), entrega demora muito / problemático receber os produtos em casa (8%), não tem como efetuar o pagamento via internet (7%) e mais caro do que a forma tradicional de compra (5%). Curiosamente, 2% não conseguiram concluir a compra.

Penetração é maior entre internautas da faixa de 25 a 34 anos

Consumidores com idades entre 25 a 34 anos são os mais adeptos ao comércio eletrônico, com 37% dos entrevistados dessa faixa etária afirmando ter feito alguma aquisição nos últimos 12 meses, seguido de perto por compradores da faixa de 35 a 44 anos (35%) e de 45 a 59 anos (34%). Um dado curioso, 10% dos internautas com idades entre 10 a 15 anos afirmam comprar em sites de e-commerce, o que deve ser ponderado pelas empresas.

A pesquisa ainda revela que a comodidade de comprar virtualmente tem chamado mais a atenção dos homens, com 33% dos entrevistados do gênero masculino afirmando ter realizado alguma aquisição no último ano, enquanto a proporção de mulheres é de 27%.

Classe C: apenas 1 em cada 5 compra pela internet

Os dados revelados pelo CGI.br mostram um cenário completamente distinto, quando se leva em conta a penetração do comércio eletrônico nas diferentes classes sociais. Neste contexto, enquanto o e-commerce está relativamente imerso nas classes A (64%) e B (42%), esta realidade ainda está muito distante para as classes C (20%) e D-E (9%).