Na última quinta-feira (29), o Mercado Livre divulgou uma nova estratégia de aproximação do setor de moda, que possui diversos núcleos ao redor do país. Como primeira ação, a empresa escolheu focar na região central da cidade de São Paulo, o Brás.
A resolução simboliza o desejo do Mercado Livre de expansão para segmentos com maior recorrência de vendas, procurando conter a expansão da gigante chinesa Shein no Brasil.
Mesmo voltada ao comércio eletrônico, a empresa se estabeleceu na região com pontos logísticos e um escritório, com o intuito de alcançar médios e pequenos empreendedores que desejam vender na plataforma.
Planejamento para o futuro
Apesar de estar em fase de teste, o plano deve ser reproduzido em diferentes localidades, como Rio de Janeiro (capital), Franca (interior de São Paulo) e Nova Friburgo (Rio de Janeiro). Julia Rueff, vice-presidente de marketplace do Mercado Livre no Brasil, afirma que “vamos aprender bastante com esse piloto e ter o máximo sortimento possível de todos os polos que fizerem sentido para as duas partes”.
“A região de Franca, que é muito forte em calçados, e a região de Nova Friburgo, que é muito forte com lingerie e roupas de ginástica, estão mapeadas. Há muitos polos no Brasil que nós gostaríamos de nos aproximar e levar esse projeto”, completa a presidente.
Em 2023, foi anunciado pela empresa um investimento de R$ 19 bilhões no Brasil e uma contratação de 5.700 pessoas, promovendo um total de 21 mil funcionários no país. O objetivo da investida em moda é aumentar, também, a penetração do e-commerce no comércio brasileiro; atualmente, cerca de 32 milhões de usuários entram na seção de moda do site mensalmente.
Ao final, a executiva diz: “o e-commerce, antes da pandemia, tinha 7% de penetração. Saímos disso e fomos para 14%. Mesmo assim, quando a gente olha para outros mercados, como os Estados Unidos, que têm 25% de penetração, e a China, com 40%, vemos que ainda há uma avenida longa de oportunidades para crescermos aqui no Brasil”
Benefícios para vendedores
Possuindo uma média de 40 compras por segundo, a empresa investe de maneira que seu ecossistema esteja pronto para ensinar e auxiliar o vendedor, na prática, a como evoluir e lucrar na plataforma.
Inicialmente, o Mercado Livre planeja atrair 400 empresas, visando ampliar o potencial de vendas e de alcance dos empreendedores através de um dos principais e-commerces da América Latina. Na comparação do número de vendedores do primeiro quarter de 2022 com o quarter de 2023 há um crescimento de 21% e um aumento de 27% nas vendas.
Pensando em trazer vendedores do Brás, a plataforma explica que oferece diferentes serviços e assistências, como por exemplo:
– Ponto fixo de coleta em um dos principais shoppings da região;
– Hub logístico;
– Auxílio para cupons;
– Publicidade de produtos na plataforma;
– Frete grátis acima de 79,90;
– Acompanhamento com consultoria ao empreendedor;
– Estúdio fotográfico e
– Condições para acesso a crédito através da plataforma Mercado Pago.
“Crédito é uma das alavancas importantes para o desenvolvimento dos vendedores que precisam aumentar o fluxo de caixa”, finaliza Rueff.
Ademais, os lojistas do Brás dispõem do Programa de Vendedores, que oferece uma trilha de aprendizagem com módulos específicos para cada fase do empreendimento. O primeiro módulo, que oferece conteúdos para empreendedores iniciantes ou pessoas que pensam em vender na plataforma, é chamado de “Você chegou”. O segundo módulo, “Você venceu” foca em quem já vende, mas procura se profissionalizar para atingir mais resultados. Por fim, o último módulo se dirige a quem possui um bom conhecimento das ferramentas da plataforma, mas quer elevar mais ainda o negócio, com o nome de “Você cresceu”.
O último recurso é a Central dos Vendedores que apresenta outros exemplos de ferramentas aos negócios. Alguns exemplos abaixo:
– conteúdos como estratégias de finanças e precificação;
– marketing;
– cálculo de margem de lucro;
– atendimento ao cliente;
– reputação digital;
– logística;
– tributação;
– crédito;
– meios de pagamento;
– gestão de indicadores e
– organização de estoque.
Com informações cedidas por: Mercado Livre e Veja
