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Mercado de mobile payment no Brasil ainda é pouco desenvolvido

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Uma pesquisa divulgada em maio, pela MasterCard Worldwide, mostrou que apesar de alguns países mostrarem avanços consideráveis no que diz respeito à adoção do mobile payment (pagamentos realizados através de aparelhos portáteis), no geral, ainda há um longo caminho pela frente para que o mundo evolua nesta questão. O levantamento analisou a maturidade do mercado em 34 países e o nível de aceitação dos consumidores em relação às transações móveis “person-to-person” (pessoa para pessoa – P2P), as realizadas diretamente nos pontos de venda e em relação ao mobile e-commerce (e-commerce praticado em dispositivos móveis), achando uma média entre os países de 33,2, em uma escala de 0 a 100. Na realidade, nenhum país atingiu o patamar de 60 pontos, sendo que a pontuação máxima foi de Cingapura, com 45,6, à frente do Canadá (42) e dos Estados Unidos (41,5).

Os seis componentes da análise foram: disposição do consumidor (que mede sua familiaridade com tal método, sua vontade de utilizá-lo e o seu nível atual de utilização nas três modalidades diferentes de mobile payment); ambiente (o qual mensura os elementos econômicos, tecnológicos e demográficos, tais como a renda per capita e o acesso à internet); serviços financeiros (que calcula o nível de desenvolvimento dos serviços financeiros ao consumidor); infraestrutura (o qual avalia a amplitude e a sofisticação da indústria de telefonia móvel através de variáveis como o alcance e a cobertura de rede); clusterização do m-commerce (que analisa parcerias ou joint ventures entre os players do mercado de pagamentos móveis); e a regulação (através da análise da estrutura e da eficiência dos órgãos judiciais e governamentais em suas interações comerciais nos países estudados).

O Brasil atingiu um índice de 33,4 no ranking da Mastercard, impulsionado por suas altas pontuações no quesito “clusterização”, além dos resultados extremamente consistentes em “Infraestrutura”, “Serviços Financeiros” e “Ambiente”. O fator “disposição do consumidor” foi compatível com a avaliação dos demais mercados, dando ao Brasil a 16ª posição. Por outro lado, a “regulação” no Brasil não foi vista como favorável ao desenvolvimento do mercado de pagamentos móveis quando comparada com os outros países.

Embora ainda seja novidade no Brasil, o mercado mobile payments está sofrendo grandes avanços. Parcerias e projetos estão se desenvolvendo e o ambiente é bastante positivo, com os consumidores atualmente sendo mais propensos a realizar pagamentos móveis através do comércio eletrônico (m-commerce) que em pontos de venda (lojas físicas).

Outros dados importantes:

O ponto fraco do mercado dos EUA ficou evidente em sua pontuação no aspecto “disposição do consumidor”. A maioria dos consumidores era formada por jovens do sexo masculino, além do fato de o interesse pelos pagamentos móveis aumentar com a renda e diminuir com a idade.

Na América Latina, o fator “disposição do consumidor” obteve os maiores índices no Brasil e na Colômbia. Neste quesito, 9 entre os 10 primeiros colocados estão no Oriente Médio, Ásia ou África.

Na Europa, os consumidores do Reino Unido demonstraram os níveis mais altos de familiaridade ao realizar pagamentos via aparelhos portáteis.