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Maioria dos compradores abandonaria uma loja física se o preço na internet fosse 5% menor

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

As compras online conquistaram de vez a preferência dos consumidores mais antenados ao mundo da web. Empresas de e-commerce passaram a investir pesado em ações promocionais para suas lojas virtuais visando aumentar as vendas e estreitar laços com o consumidor. Com as facilidades da compra online e a atratividade dos descontos e promoções, as lojas físicas vêm perdendo espaço para o ascendente mercado do comércio eletrônico.

Em agosto deste ano, a empresa de tecnologia, GroupM Next, divulgou um estudo afirmando que 45% dos consumidores entrevistados deixariam de comprar em loja física para comprar em loja virtual caso, a segunda, oferecesse um desconto menor que 3%. De acordo com a pesquisa, com um desconto de 5%, mais da metade (60%) optaria pela compra online. Se o desconto fosse de 20%, esse índice aumentaria para quase 90%.

O relatório indica que essa tendência também pode ser aplicada para valores em dólares. Quando a diferença de preço é superior a US$ 5,00, a maioria dos clientes disseram que preferem comprar pela internet. Apenas um, em cada dez consumidores entrevistados pela GroupM Next disse que compraria em loja física independentemente do desconto.

Ao mesmo tempo em que apresenta o perfil dos consumidores por influência dos preços, o estudo oferece um ângulo desanimador para os estabelecimentos tradicionais. Se as lojas físicas trabalhassem com uma margem de 5% do preço online, a maior parte dos clientes compraria pela internet. No entanto, mesmo que as empresas mantenham uma margem menor que 2,5% de diferença no preço, elas reteriam pouco mais da metade dos consumidores. Estes resultados fazem referência a uma pesquisa realizada pela ClickIQ, em fevereiro. O estudo comprovou que, para os “showroomers” –consumidores que pesquisam informações sobre produtos em lojas físicas, mas compram pela internet – o preço é a razão mais comum para a compra, com mais de 86% da preferência.

Para combater as tendências dos “showroomers”, o relatório da GroupM Next sugere a criação de um senso de urgência em torno de uma compra. Ao analisar dez categorias de produtos, descobriu-se que um em particular (fones de ouvido) foi considerado diferente por parte dos clientes, que precisaram de um desconto maior on-line para sair da loja. Segundo o relatório, mesmo não sendo um produto barato entre os que foram apresentados, a urgência implícita na aquisição foi o fator influenciador da compra em loja física.

A Oracle divulgou, em novembro do ano passado, um relatório afirmando que o aspecto imediaticidade pode exercer grande influência na hora da compra. Segundo a pesquisa, 75% dos americanos e canadenses que participaram do levantamento costumam visitar lojas para ver algum produto antes de comprá-lo. Além disso, uma parcela significativa (44%) disse ir à loja quando precisam de algum produto com urgência.

Mais detalhes do “Showrooming & the Price of Keeping Buyers In-Store”, divulgado pela GroupM Next, indicaram que os showroomers normalmente são consumidores jovens, principalmente do sexo feminino, possuem renda baixa e costumam fazer compras online com frequência. Além disso, a empresa classificou os consumidores suscetíveis ao preço e que, também podem ser influenciados a comprar em lojas físicas, como “showroomers marginais”. Mais de 90% desses “showroomers” são homens, com faixa etária entre 52 anos. Em sua maioria (98%), possuem formação acadêmica e renda média anual de US$60.000. Esses clientes são experientes compradores online. De acordo com o estudo, 55% compram pela internet uma vez por mês, enquanto 21% compram uma vez por semana e 11% mais do que uma vez por semana.

Quando o assunto é mobile, a pesquisa apontou que clientes que comparam preços em lojas físicas, também estão propensos a comparar em seus mobiles. Outro dado curioso é que cerca de 44% dos consumidores entrevistados usam celulares para fazer compras, mesmo quando estão em lojas.