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M-commerce de bens físicos alcança metade dos internautas

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Praticamente metade dos internautas brasileiros (49,7%) que possuem smartphone já experimentaram a compra de bens físicos por meio do aparelho. É o que revela pesquisa inédita realizada na última semana de dezembro pela Opinion Box a pedido da Mobile Time com 1.109 pessoas distribuídas por sexo, idade, renda mensal e região do País respeitando as proporções da população brasileira informadas pelo IBGE.

Esta é a segunda matéria com resultados dessa pesquisa – na última segunda-feira, este noticiário divulgou dados sobre o uso de m-commerce por internautas brasileiros especificamente para as compras de Natal.

Analisando alguns indicadores, nota-se que é grande o potencial de crescimento do comércio de bens físicos através de apps e sites móveis. Um deles é o fato de que praticamente todos (97,1%) os internautas brasileiros com smartphone já compraram produtos através de e-commerce usando PCs e laptops.

Outro indicador é a satisfação com o serviço por parte de quem experimentou m-commerce. Estimulados a dar uma nota de 1 a 10, onde 1 é “extremamente insatisfeito” e 10 é “extremamente satisfeito”, 88,1% deram notas de 7 a 10. A maior concentração, aliás, ficou na nota máxima: 32,5%. Apenas 3% deram notas de 1 a 4. E 8,9% deram notas medianas (5 ou 6). Em suma: o boca a boca de quem já comprou bens físicos pelo smartphone deve contribuir para que a outra metade dos internautas experimente o serviço.

A possibilidade de comprar um produto de qualquer lugar é a principal razão para o uso de m-commerce, apontada por 61,7% daqueles que já experimentaram o serviço. Outras motivações destacadas foram: praticidade (49,7%), comodidade (47%), rapidez (41,7%) e descontos (29,9%).

De acordo com a pesquisa, as dez categorias de produtos mais comprados através do smartphone pelos internautas brasileiros são: eletrônicos (38,3%), roupas e acessórios (36,8%), livros (32,7%), eletrodomésticos (26,5%), itens de informática (26,3%), cosméticos e perfumaria (22%), celulares e tablets (21,8%), refeições (17,8%), brinquedos (16%), CDs e DVDs (16%), alimentos (11,8%) e remédios (11,6%).

Cada entrevistado podia marcar quantas categorias quisesse de produtos que comprou ao menos uma vez via smartphone. Não foram incluídos serviços, como chamada de táxi. A categoria “refeições”, contudo, é híbrida, pois envolve um produto físico (a refeição) e o serviço de delivery – há diversos apps de entrega de comida disponíveis no Brasil, com destaque para iFood e hellofood.

Análise

O mercado de m-commerce, ou comércio móvel, pode ser dividido em dois grandes segmentos: o de bens digitais e o de bens físicos. O primeiro é muito mais amadurecido que o segundo e abrange a comercialização de aplicativos, músicas, bens virtuais dentro de jogos, assinaturas digitais de jornais, revistas e de serviços de streaming de música e vídeo etc.

O segundo é mais incipiente e consiste na venda de produtos reais através de apps ou sites móveis de varejistas – é a versão móvel do comércio eletrônico. Muitas pesquisas sobre m-commerce misturam esses dois tipos de produtos, embora eles envolvam cadeias de valor e modelos de negócios completamente diferentes.

Nos últimos meses, grandes varejistas brasileiros reformularam seus sites e apps móveis para viabilizar as vendas através de dispositivos móveis. Alguns dos cases mais conhecidos de m-commerce no Brasil e divulgados por este noticiário são Netshoes, Pontofrio.com, Extra.com, MercadoLivre, Netfarma, Dafiti, dentre outros.

Fonte: Mobile Time