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Lentidão ainda é problema sério em sites móveis

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

A Keynote – empresa de tecnologia – realizou uma pesquisa, em agosto deste ano, com 5.388 entrevistados, 3.145 eram usuários de smartphones e 1.976 usuários de tablets. Entre os participantes, 55% fazem uso de aparelhos móveis por mais de 1 hora diária, sendo que, 39% chegam a usar por até duas horas ao dia. O estudo indicou que dois terços desses usuários, nos últimos três meses, tiveram algum tipo de problema no carregamento de páginas.

Para o gerente de novos negócios da Viewit – desenvolvedora de soluções para mobile commerce – Wilson Cunha, um dos principais aspectos que retardam o carregamento das páginas em dispositivos móveis é a infraestrutura precária. “Vários fatores contribuem para a lentidão no carregamento, podemos começar falando da baixa qualidade de conexão. Entretanto, nos mobiles este problema é ainda maior porque muitos conteúdos não são otimizados para uso em aparelhos portáteis”. Para o especialista, as empresas também devem tomar cuidado ao utilizar conteúdos em Flash. “Não é suportado pelos devices da Apple e acredito que as demais plataformas também devem aderir a este modelo”, ressalta.

A pesquisa da Keynote ainda mostra que 60% dos usuários de tablets estão dispostos a esperar, em média, 3 segundos para carregar uma página, contra os 44% por quem usa smartphones. Enquanto isso, tempo de espera no carregamento pode levar alguns visitantes à desistência. A maioria dos entrevistados (44%), disse que, em caso de demora no carregamento, atualiza a página, 16% disseram que normalmente a fecham, 12% esperam a página carregar, enquanto 6% vão para um site concorrente.

Se comparados com os entrevistados da pesquisa Compuware, realizada em março nos Estados Unidos, os dados acima são tênues. Segundo o estudo, 70% dos usuários de tablets disseram que o carregamento de um site deve ser mais rápido do que em seu PC. Quando questionados sobre problemas em sites de compra, 49% dos entrevistados disseram que seriam menos propensos a visitar o site novamente, 46% visitaria o site de um concorrente, e um terço não compraria mais da empresa.

Segundo Cunha, no entanto, o usuário móvel brasileiro conhece perfeitamente os limites impostos pelo serviço. Para muitos, o acesso via mobile é tido como entretenimento ou para fazer rápidas consultas. “Dificilmente o mobile é utilizado em ambientes de trabalho, basta olhar nos cafés, salas de espera ou filas de restaurantes”, explica o gerente. “A nova tecnologia que está chegando em breve – 4G e LTE (Long Term Evolution) – deverá ser um novo divisor de águas”, conta.

Por outro lado, Cunha acrescenta que, além da velocidade de carregamento, outros elementos devem ser ponderados pelas empresas ao construírem suas plataformas otimizadas. “Também é necessário ter foco em segurança, navegação intuitiva e opção de aplicativo, pois busca a fidelização do cliente”, finaliza.