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Internet e mobile banking seduzem brasileiros, mas não para pagamentos

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Juntos – Internet banking e mobile banking – representaram 47% de toda a movimentação bancária em 2013, mas ainda há pouco uso efetivo para pagamentos, revela a pesquisa CIAB Febraban. No canal Internet, 59% dos correntistas do Internet Banking não fazem movimentação financeira ainda. No canal móvel – que registrou um incremento importante – subiu de 4% para 10% em 12 meses,  a tendência se mantém: apenas 3% dos usuários fazem transações efetivas pelos dispositivos móveis.

“O boom da mobilidade é bastante semelhante ao vivido pela Internet em 2001 e 2002 e que determinou uma mudança de investimentos no setor bancário”, diz Gustavo Fosse, gerente geral do Banco do Brasil e diretor de Tecnologia da FEBRABAN, em encontro com a imprensa na capital paulista nesta terça-feira, 29/04.

E os números da Pesquisa Febraban 2013 comprovam essa tendência de alta. Os dois canais reunidos ultrapassaram em 10 pontos percentuais os canais tradicionais – caixas eletrônicos, contact center e agências bancárias, que juntos ficaram com 37%. Mas os dois canais ainda têm muito por crescer, admite Fosse. Segundo ele, apenas 18% das transações financeiras realizadas via o Internet Banking foram de pagamentos. No banco móvel, esse número ficou em 3%, mesmo percentual de 2012, quando o volume de transações foi bem menor.

“Na Internet, os clientes já fazem transferências, já fazem TED, DOCs, mas é verdade que muitos ainda não se adaptaram as ferramentas de pagamento. As pessoas jurídicas, na maior parte, ainda não usa o canal para pagamentos. Isso é uma questão de cultura. E a resistência vai ser quebrada à medida que as aplicações bancárias também ficam mais simples para os usuários”, destacou o diretor da FEBRABAN.

O canal móvel- o mobile banking – desafia os bancos, assumiu Gustavo Fosse. Isso porque o crescimento dele segue num ritmo bem superior ao do Internet Banking. De acordo com a pesquisa, o volume de transações, apenas no canal móvel, aumentou, em média, 270% ao ano entre 2009 e 2013, subindo de 12 milhões para 2,3 bilhões no período.

Os smartphones fazem a diferença. Com o incremento dos celulares inteligentes, eles já respondem por 6% das operações móveis. Somente nas transações sem movimentação financeira, como consulta de saldos, o uso do mobile banking em dispositivos móveis cresceu de 4% para 10% de 2012 para 2013. “E certamente na pesquisa de 2014 esse número será bem maior. Os smartphones já superaram os celulares tradicionais. Esse impacto veremos na próxima edição”, avaliou o diretor da Febraban.

De acordo ainda com a pesquisa o número de contas correntes com mobile banking registrou crescimento médio anual de 134%, já atingindo 11,3% da base de contas correntes, que em 2013, ficou em 103 milhões, um crescimento de 6% em relação a 2012. É importante observar que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste são as que apresentaram maior presença de agências bancárias, até em função da melhor performance econômica.

A bancarização, agora, chega a 57% dos brasileiros com CPF ativos. A pesquisa CIAB FEBRABAN contou com a participação de 18 instituições bancárias que operam no Brasil e correspondem a 97% da rede de agências do país. O total de operações em 2013 foi de 389 bilhões, ante 367 bilhões em 2012.

O estudo da FEBRABAN calculou ainda a média de transações mensais por conta corrente. Nele, os correntistas fizeram, em média, por mês, 4,2 operações com movimentação financeira usando cartões de débito, 2,3 operações em agências, 3,8 operações em ATMs, 2,5 operações pela internet e 0,1 operação pelo celular. No caso das operações sem movimentação financeira, em média, confirmando a tendência de maior uso dos canais virtuais, os correntistas fizeram 10,9 operações pela internet, 3,8 por ATM, 0,8 na agência bancária e 1,8 pelo celular.

Por: Convergência Digital