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Hogarth traz masterclass com apresentação baseada em IA generativa

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

A plenária de Tecnologia do primeiro dia do Fórum E-Commerce Brasil 2023 começou com uma masterclass apresentada por um avatar feito com ferramentas de GenAI de Vivianne Vilela, Diretora de Conteúdo do E-Commerce Brasil, e também dos palestrantes da Hogarth (Leonardo Oliveira, Marina Rockett e Rafael Nasser). Com uma proposta de produzir trabalhos feitos em cooperação entre IA e humanos, toda a apresentação introdutória foi feita por várias ferramentas de Inteligência Artificial com a supervisão da equipe da Hogarth.

Para eles, a tecnologia pode ser uma aliada do e-commerce para elaborar conteúdo, mensurar as métricas de dados, construir e definir o funil de vendas, identificar leads, automatizar o processo de vendas e aperfeiçoar chatbots. 

Marina Rockett, Rafael Nasser e Leonardo Oliveira comentam o uso da tecnologia no e-commerce. (Foto: Ruan Carlos)

Do machine learning à IA 

A Hogarth é a maior produtora do mundo de publicidade focada em tecnologia. Sempre em busca de inovação, a empresa tem alguns cases de sucesso feitos no Brasil que, ainda no final de 2018, fizeram uso de machine learning. 

Os cases da campanha do e-commerce da Petz e do Dia do Hambúrguer (Coca Cola e McDonald’s) são exemplos. Na campanha do Dia do Hambúrguer, os clientes inseriram numa LP dados como: signo, idade, filmes e tipo de música favoritos etc. e através desses dados era gerado um hambúrguer feito especialmente para eles.

Marina Rockett, Designer e Creative Technologist, falou que foi importante fazer uma seleção para escolher os sabores realmente “comestíveis” pelos clientes, destacando a necessidade de intervenção humana no conteúdo gerado pelas ferramentas. 

A era do copiloto

Em seguida, Rafael Nasser, Managing Director, reafirmou que é preciso trabalhar em conjunto com a Inteligência Artificial. Enquanto Marina Rockett complementou que é importante ser curioso e é necessário que os profissionais atuais aprendam a manipular essas ferramentas. 

Por fim, Leonardo Oliveira, Diretor de Tecnologia e Produção Digital, também comenta que a IA sozinha não entrega a novidade, sendo preciso que o time se desenvolva e integre junto à tecnologia. Nasser afirma que talento é ser alguém que saiba pedir, fazer prompts, pois só assim é possível construir algo muito maior. “É necessário fazer a máquina entender o que você está buscando”, complementa Marina.

As diversas ferramentas utilizadas para fazer o vídeo de apresentação. (Foto: E-commerce Brasil)

Para os palestrantes, é essencial testar e combinar. Precisa existir uma etapa do processo que garanta o acompanhamento daquilo que está acontecendo. 

Proteção de dados e direito de uso

Para fazer as vozes dos participantes do vídeo, foi feita uma gravação com cerca de 15 minutos da voz de cada um para a ferramenta de GenAI reproduzir uma voz igual ou semelhante. 

A partir disso, levantaram um tópico acerca dos direitos de uso e dos dados inseridos. Para os palestrantes, é importante tomar cuidado com o que está sendo imputado. Os dados precisam ser inseridos com cautela. No caso de experimentos ou testes A/B, torna-se fundamental ter cuidado com os dados dos consumidores. É ideal usar dados sintéticos para não os expor. 

Nesses casos, em cada país existem leis e direitos proprietários diferentes. Na Inglaterra, por exemplo, máquinas e animais não têm direitos sobre o conteúdo criado. 

Desenvolvimento de criatividade e produtividade

O bom uso das IA’s proporcionam o aumento da produtividade dos colaboradores e hiperpersonalização dos produtos criados. Rafael Nasser, concorda e complementa que as GenAI também auxiliam no desenvolvimento da criatividade ao propor humanos para trabalharem como copilotos, dinamizando esse processo criativo. 

Como exemplo, o trabalho conjunto de colaboradores e inteligência artificial, pode trazer uma nova proposta no processo de elaboração de catálogos de e-commerce. A generativa não apenas personaliza, mas também organiza o processo de pós-venda, como no uso de chatbots, gerando uma hiperpersonalização da jornada de compra do consumidor e do produto.