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Fraudes causaram prejuízo de R$ 8,5 milhões aos varejistas brasileiros no ano passado

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

O Relatório do Varejo 2024, feito pela Adyen, em colaboração com o Centro de Pesquisa Econômicas e de Negócios (Cebr), revelou que o setor varejista global perdeu uma média de US$ 2,9 milhões (cerca de R$ 15 milhões) por empresa devido a fraudes no último ano. No Brasil, as ações fraudulentas resultaram em um prejuízo médio de R$ 8,5 milhões (equivalente a US$ 1,7 milhão) por empresa em 2023. Em segmentos como o varejo de luxo e o comércio de aparelhos eletrônicos sofreram perdas ainda mais expressivas, atingindo R$ 9 milhões e R$ 10,2 milhões por empresa, respectivamente.

(Imagem: Freepik)

Cresce número de empresas e consumidores brasileiros afetados

Mais de um terço das empresas brasileiras (37%) foi vítima de ataques cibernéticos ou vazamentos de dados nos últimos 12 meses, representando um aumento de 69% em comparação com os dados do relatório de 2022.

Os impactos das fraudes também atingiram os consumidores, com dois em cada cinco brasileiros (43%) sendo vítimas de fraudes de pagamentos em 2023. Conhecida como roubo de identidade, essa prática resulta no uso não autorizado de dados bancários para realizar compras. Os consumidores afetados por fraudes de pagamentos em 2023 perderam, em média, R$ 2022,46, marcando um aumento de 137% em relação ao ano passado (R$ 853).

Reações dos consumidores e das empresas frente à ameaça de fraude

O risco de fraude tem impactado o comportamento dos consumidores durante as compras, tanto em lojas físicas quanto online. Um quarto (25%) dos consumidores brasileiros disseram que se sentem mais inseguros ao fazer compras atualmente, em comparação com uma década atrás, devido aos crescentes riscos de fraudes.

Diante desse cenário, 36% dos consumidores optam por estabelecimentos com medidas de segurança mais robustas, enquanto 23% preferem varejistas online que solicitam comprovação de identidade nos pagamentos como o 3DS, o que transmite confiança nas medidas anti-fraude adotadas.

As empresas brasileiras estão considerando investimentos e mudanças em tecnologia para combater as fraudes e proteger tanto seus negócios quanto seus clientes:

  • 53% planeja adotar provedores de pagamento com mecanismos aprimorados de proteção contra fraudes;
  • 64% estão avaliando como se adequar à Diretiva de Serviços de Pagamento 3 (PSD3), uma regulamentação da União Europeia que estabelece diretrizes mais rigorosas para proteger os direitos dos consumidores e suas informações pessoais no setor financeiro.

“A fraude é um desafio generalizado para os varejistas, global e localmente, e as descobertas da pesquisa demonstram como as fraudes impactam significativamente o ganho das empresas e o bolso dos consumidores”, explicou Renato Migliacci, Vice-Presidente de Vendas da Adyen Brasil. “Os criminosos estão implantando métodos mais sofisticados quando atacam empresas, incluindo a aplicação de IA, e, portanto, é fundamental que o investimento em mecanismos de defesa corretos seja uma prioridade para proteger as empresas e os clientes.”