Executivos veem cenário mais positivo até o fim do ano
Embora tenham percebido melhoras pontuais em seus negócios, os executivos das empresas que receberam na quinta-feira, 29, o prêmio Estadão Empresas Mais ainda estão esperando sinais mais claros de que o pior momento da crise econômica realmente tenha passado.
Para Harry Schmelzer Jr., presidente da Weg, está claro que o ambiente de negócios melhorou. "Acho que o astral está um pouco mais positivo", disse.
Ele ponderou, no entanto, que o governo Michel Temer não conseguirá aprovar as reformas - que incluem mudanças nas regras para gastos públicos, definição de novas regras para concessões públicas, mudanças na Previdência e na legislação trabalhista - facilmente. "Certamente não será um passeio", explicou. "E acredito que a indústria brasileira deve ser inserida no contexto das concessões."
O presidente da Telefônica Vivo, Amos Genish, lembrou que o setor de telecomunicações viveu sua primeira queda de receita desde a privatização nos anos de 2015 e 2016.
Ele disse que a empresa já começou a sentir, em alguns indicadores, as expectativas de melhora do cenário econômico no ano que vem. "Vemos que a virada está chegando, especialmente no que se refere à confiança do consumidor", frisou, lembrando que há economistas prevendo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ao redor de 1,7% para 2017.
Já Paulo Nigro, presidente da Aché, descreveu o cenário do início de 2016 como "muito difícil", mas disse esperar um último trimestre melhor. Nigro afirmou estar "otimista" em relação ao próximo ano. Para a companhia, a queda do dólar tem ajudado nos resultados, colaborado significativamente para a redução dos custos da empresa com matéria-prima.