A América Latina é o mercado onde as redes mobile representam o primeiro canal de acesso à internet de seus assinantes. Segundo o relatório dos fenômenos da internet global, da empresa canadense Sandvine, lançado no fim do mês passado, o uso de internet fixa no continente é significativamente menor em relação aos outros continentes do mundo e os assinantes deste serviço na América Latina continuam consumindo um quarto de dados por mês que os usuários da América do Norte – que são líderes de consumo de dados no mundo.
Enquanto o uso é menor no continente latino, o hábito de consumo desses assinantes na região são muito parecidos com os de outras regiões. O consumo de entretenimento em tempo real, por exemplo lidera as origens de tráfego, mantendo 45% do uso de bytes durante períodos de pico, enquanto navegadores de web e compartilhamento de arquivos figuram entre as três principais categorias de tráfego.
A Netflix já responde por 32,4% de toda a troca de dados no horário de pico nos EUA e no Canadá, à noite. O YouTube, em segundo lugar, ocupa 13,25% da banda de dados. Já o BitTorrent responde por 5% dos dados na região, e a troca de arquivos entre usuários como um todo, que ocupava 31% da banda em 2008, hoje é de 7%.
Na América Latina, a Netflix já responde por 5,5% do que é consumido, já o YouTube responde por 31,7%.
Acesso mobile
A América Latina é o continente com grande variedade de tipos de rede móvel. A pesquisa registrou um média mensal de utilização de 390.3 MB, um pequeno aumento em relação aos 355.4MB observados seis meses atrás.
Por conta da baixa penetração do acesso à internet fixa (em comparação à Europa e América do Norte), as redes móveis na América Lantina oferecem um mix de aparelhos e modens que servem como conexões 4G. Esta variedade resulta em perfis de tráfego interessantes. Aplicativos e categorias de tráfego que são geralmente os mais proeminentes são aqueles que são tipicamente populares tanto nos dispositivos móveis como no desktop.
Na América Latina, as redes sociais são os principais canais de uso do mobile, totalizando 31.2% dos picos de tráfego. Em termos de conteúdo streaming, o YouTube continua sendo a maior fonte de tráfego, agora totalizando quase 19% do tráfego nos horários de pico.
Fonte: Sandvine