Em sua primeira edição com etapa na América Latina, o concurso QPrize 2012 premiou a empresa carioca Zoop com aporte de US$ 100 mil.
Com a escolha, a empresa vai participar da etapa final do concurso, em que concorrerão as escolhidas de todas as etapas regionais. O anúncio da vencedora acontecerá em março em San Francisco (EUA) e dará como prêmio um investimento adicional de US$ 150 mil.
O concurso é realizado pela Qualcomm Ventures, braço de empreendedorismo da empresa -americana que desenvolve chips e tecnologia para celular.
O objetivo do prêmio é encontrar empresas iniciantes com ideias inovadoras para tornar a mobilidade mais interessante, diz Carlos Kokron, diretor da Qualcomm Ventures no Brasil.
Foram cerca de 500 empresas inscritas na etapa latino-americana. Brasil, Argentina e Chile totalizaram 90% dos concorrentes –30% cada país.
Kokron explica que, para participar do concurso, não é necessário a empresa ser atuante no mercado. As ideias são analisadas de acordo com a qualidade do plano de negócio.
O prêmio está atualmente em sua terceira edição, e já participaram empresas de China, Índia, Israel, Coréia, América do Norte e Europa.
A Qualcomm também tem programas de investimentos em capital semente e para empresas mais desenvolvidas. Segundo Kokron, negociações com as primeiras empresas brasileiras a receber o aporte estão em fase adiantada.
Venda fácil
A Zoop é uma empresa que desenvolve equipamento para que lojistas e profissionais autônomos possam receber pagamentos via cartão no celular, computador ou tablet.
Fabiano Cruz, 33, presidente-executivo da Zoop, conta que a empresa começou a ser criada em 2011. Na época, ele morava nos EUA e veio fazer uma visita ao Brasil. Espantou-se por um restaurante não aceitar cartões de crédito.
Conversou com o dono do local e diz que se deu conta da quantidade de custos que existem para poder receber os pagamentos via cartão, como aluguel dos terminais POS (máquinas que fazem a leitura e processamento dos dados), fita para impressão, taxas e manutenção das máquinas.
Projeto
Com formação em ciência da computação, Cruz se juntou a dois sócios e desenvolveu protótipos do novo terminal, que aceitará cartões com tarja magnética, chip e que funcionam sem contato (conhecidos como carteira eletrônica).
O modelo de negócios se baseia na cobrança de 3,5% das operações realizadas pelo equipamento. Não será cobrado aluguel do terminal nem haverá outros custos, diz o empreendedor.
Com o capital que tem levantado com a premiação e outros investimentos, ele espera lançar o produto no Brasil ainda em 2013 e, no ano seguinte, entrar em outros mercados.
Com informações de Folha de S. Paulo.