Em 12 horas, a promoção “Black Friday” já vendeu mais que os R$ 100 milhões vendidos no total da edição do ano passado, segundo os organizadores do evento, com base nos dados do e-Bit. O evento reúne 300 varejistas on-line e esperava faturar R$ 135 milhões.
Por conta da demanda, as promoções serão estendidas até às 2h deste sábado (24). A “Black Friday” começou à 0h desta sexta-feira (23) e, inicialmente, duraria até a 0h do sábado.
As categorias mais procuradas nas primeiras 12 h de promoção são celulares, informática, eletrônicos, eletrodomésticos e games.
As liquidações do “Black Friday” estão disponíveis para os consumidores no site do evento www.blackfriday.com.br.
Maquiagem de preço
A Fundação Procon de São Paulo notificou nesta sexta as empresas que participam da “Black Friday”, ação promocional das redes de varejo, por indícios de maquiagem nos descontos. Denúncias de consumidores chegaram por meio dos canais de atendimento do órgão e também pelas redes sociais. As empresas têm até a próxima sexta-feira (30) para responder ao Procon.
Os organizadores do evento lamentam a atitude de alguns comerciantes e pedem que os consumidores denunciem “as ofertas falsas”, afirmou Pedro Eugênio, presidente do portal do Busca Descontos, em nota.
No site oficial do evento, os consumidores podem denunciar ofertas irregulares clicando no link “Denuncie”. A equipe do portal Busca Descontos diz que já bloqueou cerca de 500 ofertas do site do Black Friday.
A recomendação do Procon-SP para o consumidor que não conseguir fazer a compra na hora é tentar novamente. Caso não consiga acessar a loja na segunda tentativa, ele deve registrar uma reclamação junto ao Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do varejista e entrar em contato com o Procon-SP para fazer uma denúncia.
Internautas que buscaram aproveitar descontos promovidos em lojas on-line de grandes varejistas encontraram vitrines virtuais fora do ar, lentidão para carregar páginas e finalizar compras. Em redes sociais como Facebook e Twitter, consumidores também reclamaram de ofertas com preços inflados para forjar descontos maiores em lojas on-line. A prática é caracterizada como “publicidade enganosa” no Código de Defesa do Consumidor (CDC), segundo o Procon, e deve ser denunciada.
O problema de instabilidade ou lentidão que impede a finalização da compra on-line é caracterizado no CDC como “não cumprimento à oferta” e o varejista pode ser notificado pelo órgão de defesa do consumidor a prestar esclarecimentos. O mesmo procedimento pode ser adotado no caso de “publicidade enganosa”.
Com informações de G1 Economia.