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E-commerce: principal entrave é atraso na entrega

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Os custos operacionais dos produtos comercializados e os problemas nas entregas são as principais preocupações do varejista do comércio eletrônico no Brasil.

As informações são do estudo realizado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e pela Precifica, empresa especializada em precificação automática.

De acordo com o levantamento, mais de 60% das empresas definem os preços conforme os custos operacionais de cada produto. O principal impacto nos custos de operação é o atraso nas entregas.

Para Maurício Salvador, presidente da ABComm, a falta de segurança é um problema nacional que impacta também o e-commerce. “Essa questão traz ainda aumento de custos na operação, pois há casos de transportadoras que necessitam de escolta para entregar em algumas áreas, além dos custos elevados de seguro”, explica Salvador.

O estudo da associação indicou também que 82% das lojas virtuais consultadas possuem armazenagem própria como forma de reduzir custos e ter maior controle sobre a operação, o que segundo Salvador, nem sempre é verdade.

O levantamento mostra também que as lojas virtuais tentam reduzir os impactos operacionais com a implementação de alguma solução tecnológica. No entanto, apenas 12% investem em ferramentas desse tipo. “A preocupação dos lojistas com tecnologia vem crescendo e 65% pretendem passar a utilzia-la em até 12 meses”, diz Ricardo Ramos, CEO da Precifica.

Outro dado identificado no estudo mostra que 69% das lojas virtuais oferecem frete grátis. Desses, 66% disseram que a estratégia aumenta suas vendas e 34% disponibilizam porque seus concorrentes o fazem.

De acordo com Salvador, a rentabilidade do e-commerce diminui com o aumento dos gastos com frete grátis e mídia on-line, o que leva 55% das empresas a repassarem o valor da entrega aos consumidores e 30% a adotarem um modelo híbrido.

A precificação de produtos está no radar de 72% das empresas entrevistadas e 50% entende que a solução possibilita a adoção de estratégias de aumento ou redução de preços baseada nas ações da concorrência.

Fonte: Portal No Varejo