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E-Commerce brasileiro já representa 1% do PIB

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Na última quarta-feira (16/05), foi divulgado um estudo pela “América Economía Intelligence”, encomendado pela Visa, sobre o dinamismo e o desenvolvimento do setor de e-commerce na América Latina desde 2009. De acordo com a pesquisa, enquanto que, em 2009, a receita total de vendas do comércio eletrônico ficou em torno de U$ 22 bilhões, em 2011 o valor chegou a U$ 43 bilhões, o que representa um aumento de 98,5% em dois anos.

O estudo também mostra que, no ano de 2011, a economia digital foi impulsionada pelo Brasil, representando 59,1% do comércio na região, seguido pelo México (14,2%), Caribe (6,4%), Argentina (6,2%), Chile (3,5%), Venezuela (3,3%), América Central (2,4%), Colômbia (2%) e Peru (1,4%). O “gigante sul-americano” (maneira pela qual o Brasil é conhecido) alcançou o total de U$ 25 bilhões em vendas no e-commerce no ano passado, o que representa mais da metade do total da região. Na realidade, esta é a primeira vez que o mercado de comércio eletrônico de um país latino-americano representa 1% do PIB. De acordo com a pesquisa, isso se torna ainda mais notável por se tratar do Brasil.

Os fatores que impulsionaram o e-commerce na região foram: maior confiança e segurança por parte dos consumidores, comércio em plataformas sociais, reformas governamentais e uso crescente de meios eletrônicos de pagamento, como o cartão de crédito.

Para o vice-presidente global de produtos da Visa, José María Ayuso, embora o uso de cartão de crédito contribua de forma contundente para aumentar as oportunidades de consumo em plataformas on-line, hoje em dia também é muito importante levar em consideração os cartões de débito. Para o executivo, quando houver ampla aceitação dos cartões de débito,o mercado de e-commerce se ampliará ainda mais, uma vez que permitirá às pessoas sem acesso a crédito comprarem pela internet.

Segundo a pesquisa, estima-se que o comércio eletrônico na América Latina e no Caribe irá crescer 26% em 2012 e 28,5% em 2013. Neste mesmo sentido, espera-se que, até 2015, o acesso à Internet por meio de dispositivos portáteis gere mais vendas no e-commerce, visto que, até lá, a penetração de smartphones e tablets deve chegar aos 50%.

O relatório, ainda, destaca que, nos últimos anos, a utilização de redes sociais permitiu a abertura de novos canais para se realizar transações na Internet. De acordo com o levantamento, canais de descontos, com os sites de compras coletivas, estão transformando o comportamento dos consumidores com estratégias inovadoras de negócios.

Quanto à segurança ao realizar compras online, o estudo mostra que as empresas da América Latina focam seus esforços em identificar soluções eficientes, a fim de oferecer maiores níveis de segurança e confiança a seus consumidores. Outros aspectos que se destacam como facilitadores do e-commerce são: o avanço da bancarização (maior inclusão da população no sistema financeiro bancário) e a evolução dos sistemas de logística de compra, distribuição, recebimento ou devolução de produtos.

Além disso, o estudo salienta que, hoje em dia, no Brasil, por exemplo, é possível devolver um produto comprado através da Internet sem custos para o cliente, o que amplia a confiança na experiência de compra do consumidor.

Por fim, segundo o relatório, o desenvolvimento econômico da região permitiu que classes sócio-econômicas médias e baixas, que há dois anos não exerciam qualquer tipo de atividade comercial online, hoje façam parte da economia formal da região, graças ao acesso aos meios de pagamento eletrônico, fato que acaba contribuindo também para o crescimento das compras online.