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Digital Transformation: 54% das empresas embarcarão nessa jornada

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

A tendência de Digital Transformation (DX) vai movimentar o mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil que, segundo as previsões da IDC, deve crescer 2,6% este ano. Só o setor de TI tende a movimentar US$ 60 bilhões até dezembro de 2016. Os investimentos se concentrarão na terceira plataforma – cloud, big data/analytics, mobile e social mídia – e levarão as empresas a um novo patamar de maturidade digital.

A mais recente pesquisa da IDC apontou que 54% das médias e grandes empresas brasileiras embarcarão em uma estratégia DX em 2016. Segundo Pietro Delai, gerente de Consultoria e Pesquisa Enterprise da IDC, a maturidade das implementações tecnológicas na terceira plataforma impulsionarão as organizações para patamares elevados de eficiência e novos modelos de negócio.

“Claro que ainda temos muito chão pela frente, as companhias estão em estágios diferentes de investimentos em cloud e mobilidade, enquanto outras nem se quer começaram um plano de big data. Mas estamos percorrendo esse caminho e tudo que as empresas conseguirem plantar nessa jornada, com uso pleno das novas tecnologias, será colhido na era do Digital Transformation”, pontua.

O DX traz novos desafios também para a relação entre CIO e business, que terão interesses em comum como redução de custos operacionais, eficiência nos processos e sinergia entre as áreas, fomentando o conceito de customer experience. Aqui, as aplicações desenhadas para rodar em cloud com foco na experiência consistente ao usuário final estão em destaque.

Principais insights
Para o mercado de internet das coisas, a IDC prevê um movimento de US$ 4,1 bilhões o brasil em 2016. A IoT doméstica deve chegar até dezembro com um número de US$ 37 milhões. No lado business, as empresas migrarão aplicações tradicionais, como telemetria e monitoramento, para um paradigma de internet das coisas. “Mas ninguém vai criar uma plataforma de IoT porque é legal, esse investimento deve trazer valor ao negócio”, acrescenta João Bruder, coordenador de Pesquisas Telecom da IDC.

Em 2016, os pagamentos móveis ganharão massa crítica obtendo 30% de todas as transações financeiras. O crescimento da população bancarizada justifica esse avanço e as iniciativas de soluções para esse nicho afeta todo ecossistema de serviços financeiros e de telecomunicações, até porque todos têm interesse no crescimento desses serviços.

As soluções em cloud terão alta de dois dígitos em 2016. A nuvem pública deve crescer acima de 20% ao ano até o fim da década. Na visão da IDC, o nível de maturidade no Brasil em adoção de computação na nuvem é inferior ao dos países mais desenvolvidos, mas alinhado com a América Latina, o que impulsionará a chegada de novos players nos próximos 24 meses.

Já os projetos de analytics vão se multiplicar, impulsionados pela necessidade de resultados a curto prazo. Em 2016, o mercado de soluções analíticas deve atingir US$ 811 milhões no Brasil. E a partir de 2017, teremos mais disponibilidade de profissionais no mercado capazes de interpretar as montanhas de dados, tanto pela força de capacitação promovida hoje dentro das organizações, quanto pela formação acadêmica das instituições de ensino.

Fonte: Decision Report