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Como o Pokémon Go ajudou a Livraria Cultura a vender games

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Não faz tanto tempo que os primeiros modelos de smartphone com 3g foram lançados. Contudo, a impressão que dá é que já nascemos todos assim, andando pelas ruas com a cabeça inclinada para baixo, de olho na tela do celular. Ainda assim, mesmo com toda a familiaridade com o universo mobile, nada nos preparou para o surto estratosférico gerado pelo lançamento do Pokémon Go (e, se você habita essa galáxia, mas não sabe do que estamos falando, dá uma lida aqui).

O jogo foi lançado em julho e não tinha como dar errado. A Niantic, filha do Google e expert em coletar dados, repetiu a fórmula de sucesso da Nintendo, expert em criar jogos. Com um mês, Pokémon Go já se tornou o game mais lucrativo da história – o jogo tirou o trono do Candy Crush Saga, o game mais rentável até então. Até a Apple, que anda amargando com a queda nas vendas de iPhones, pegou carona. A App Store já faturou mais de $ 120 milhões de dólares com o aplicativo.

Com tanto sucesso, a pergunta que fica para o varejo é: como aproveitar essa febre para gerar lucro e bater metas de vendas?

Seja rápido: timing is a b&tch

Na redações jornalísticas, todo repórter sonha em dar furos, ou seja, dar uma notícia quente antes de todos os outros veículos de comunicação. Na publicidade e, em especial, em situações efêmeras e na era da internet, a lógica é exatamente a mesma. É preciso ser rápido para sair na frente, para que mensagem ainda seja “quente” e para que ela cause o impacto intencionado nos consumidores sem sofrer o desgaste causado pelo excesso de menções ao mesmo tema.

Hoje, faz uma semana que Pokémon Go foi lançado no Brasil e, claro, todo mundo quer entrar na onda. Contudo, tão importante quanto estar atualizado é ter o timing preciso. Aproveitar uma piada ou um meme três dias depois do efeito viral pode ser tarde demais.

Além do timing, é preciso pensar no branding da marca e se questionar se vale a pena embarcar na moda. Pokémon Go é o foco do público alvo da sua marca? Conversa com algum produto ou serviço que você vende? Se a resposta para essas perguntas for “não”, pode ser melhor aproveitar a febre de outras maneiras tão inovadoras quanto, como em comunicados internos ou e-mails informais.

Por aqui, a maioria dos miners já estavam esperando ansiosos pelo lançamento do jogo no Brasil e, por isso, a euforia para caçar pokémons foi rapidamente transformada em uma campanha de conversão de vendas para a Livraria Cultura através do Facebook. As notificações foram disparadas um dia depois do lançamento, assim que a ação foi aprovada.

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Pokémon Go não é para todos: foco na mensagem e  no público

Pergunta sincera: quantas peças publicitárias, memes e fotos de capa no Facebook de empresas você viu no seu feed na última semana? Muitas, né? Eu vi, meus amigos viram, mas minha tia e meu pai viram também.

Essa semana, por exemplo, recebi essa comunicação do iFood:

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Nada contra o iFood. Muito pelo contrário, sou consumidora assídua e adoro o serviço prestado por eles. Mas não gosto de Pokémon. Não tenho nem mesmo o aplicativo instalado no meu celular. Nunca tive. Também não visitei nenhum site relacionado ao tema desse device e não consumi nenhum conteúdo relacionado nos últimos 15 dias.

A ansiedade para entrar na moda e participar da febre é tamanha que, muitas vezes, acabamos nos esquecendo de um dos pontos principais para a efetividade do marketing digital: a segmentação de público.

Pensando nisso, a Social Miner usou People Marketing para entender se o assunto era trending e para qual público a mensagem deveria ser direcionada. Nesse caso, com a ajuda da nossa plataforma, a Livraria Cultura saiu na frente e também definiu um público bem seleto: os gamers e os geeks que visitaram o site nos últimos 30 dias.

O resultado? Com público segmentado e mensagem humanizada, a campanha teve 23,23% de CTR e atingiu uma taxa de conversão de 3,37%, mais que o dobro da média do mercado.

Outro case que prova de que a segmentação de público para assuntos de nicho dá certo foi o do Megamamute, e-commerce especializado em eletrônicos. Com um público super antenado nos lançamentos de tecnologia, o grupo instalou um Bounce de saída da Social Miner focando em consumidores de games e smartphones. A campanha, projetada para aumentar a base de leads, conseguiu uma taxa de cadastro 120% superior em relação a média de cadastro de todos os bounces de saída do site.

megamamute1-1024x503A Avon, também parceira da Social Miner, foi outra marca que soube aproveitar a dose certa da febre para promover sua nova máscara de cílios.

avon-pokemon

Esses são alguns exemplos que mostram que estratégias de People Marketing são uma aposta assertiva para assuntos que exigem timing e rapidez, como o Pokémon Go. Por conversar melhor com o público – e com o público certo -, resultam em taxas de conversão superiores a de campanhas menos segmentadas. Fica a dica para as próximas capturas, que dizer, próximas campanhas.

Fontes: Blog Social Miner