Como fica o varejo online para o setor automotivo pós-pandemia
Até 2018, a curva de produção de automóveis no mundo era crescente. A partir de 2019 e consequentemente com a explosão do coronavírus em escala global, o setor automotivo foi apenas uma das áreas afetadas negativamente e se viu em queda de produção e de vendas de veículos.
Estudo recente da empresa francesa de dados automotivos e pesquisa de mercado Inovev mostra que nos 10 primeiros meses de 2020 o Brasil foi o terceiro país que mais caiu na produção de veículos.
Diante de um histórico negativo, parece impossível criar expectativas promissoras para o segmento em um cenário pós-covid. Mas, segundo o gerente de categoria da B2W Marketplace, Felipe Sobreira, algumas pesquisas já mostram uma recuperação do setor, que pode ser convertida em resultados promissores a partir de 2023.
“Dados da Moody’s apontam que houve uma uma queda global de vendas de 14,1% em 2020 [comparado com 2019], mas existe expectativa de crescimento, mesmo sendo abaixo da queda do ano anterior”, afirma Sobreira.
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O levantamento aponta para uma recuperação de 7% nas vendas na comparação de 2020 com 2021, e entre 2021 e 2022 é previsto um aumento de 6,1%. “Temos a expectativa de recuperar a pleno vapor a partir de 2023”, comenta.
Além da recuperação da pandemia no mundo todo, com a produção de vacinas e diminuição dos casos, outros fatores podem colaborar para esquentar o mercado automotivo em um futuro próximo. O risco de infecção passou a ser levado em conta pelo consumidor, que poderá considerar esse ponto na hora de escolher entre usar transporte coletivo ou ter um veículo particular.
“Em um primeiro momento, com todo mundo em lockdown, no pico da pandemia, houve redução na intenção de compra de veículos novos, mas com a necessidade de se locomover, se recuperou a vontade e necessidade de compra no terceiro e quarto trimestre do ano passado”, analisa Sobreira.