A Brubins é uma empresa de alimentos congelados que existe em Porto Alegre há 30 anos. Por dia, são produzidos cerca de 500 pratos, e a marca tem um crescimento de 30% ao ano. Há uma sutil adaptação que veio com o tempo – e que, de certa forma, garante este progresso. Atualmente, as vendas on-line ultrapassaram as da loja física.
Os pedidos de pratos vêm 70% pelo e-commerce. “Já temos um público tradicional, principalmente formado por pessoas idosas. Uma das nossas preocupações era renovar a clientela”, conta Bruno Reinstein, 33 anos, que há cinco está à frente do negócio familiar.
Nutricionista e curioso por tecnologia, trouxe a cultura web para a Brubins, empresa fundada por seus pais. “A trajetória deles foi excelente. Então, preciso sempre olhar o que foi feito e realizar algo inovador”, diz.
A primeira tentativa para uma plataforma de vendas pela internet foi ao ar em 2006. Pouco ágil, a ideia só foi retomada em 2009. Com uma grande reformulação e otimização em 2013, de lá para cá Reinstein só viu o interesse aumentar. Dos clientes novos conquistados, a maioria já vem da plataforma virtual.
Durante o período de instabilidade econômica em 2015, apesar do aumento nas despesas com mercadoria, a Brubins segurou os preços. A manobra foi retrabalhar os custos internos e obter consultorias para melhorar a produtividade sem afetar o bolso do consumidor final.
“É impressionante a capacidade que o e-commerce dá. E é muito mais barato que um ponto físico, porque é um investimento que se paga rápido”, sustenta. Para o empresário, uma das funcionalidades de uma loja on-line é justamente conseguir entender melhor o consumidor, uma vez que a ferramenta arrecada dados preciosos de forma quase instantânea.
Com a implantação do serviço, Reinstein pôde perceber que boa parte dos pedidos são feitos fora do horário comercial, a maioria por dispositivos móveis, por exemplo. Isso já dá um perfil e tanto.
A unanimidade nas duas maneiras de compra é a preferência do público pelo bife acebolado, carne de panela e almôndega.
Reinstein considera que o e-commerce é um canal de entrada, e não acha que isso vá distanciar o cliente da loja. Os pedidos podem ser retirados na unidade do bairro Auxiliadora ou são enviados por tele-entrega.
Fonte: Geraçãoe