A forte desaceleração vivida pela economia brasileira ao longo de todo ano de 2014 tem preocupado tanto consumidores quanto empresários. A expectativa de economistas e especialistas do setor é de que a elevação nos preços dos produtos, realidade vivida pelo país ao longo dos últimos meses, não cesse até o fim do próximo ano.
Neste contexto de retração, a previsão da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad) é de que o crescimento mínimo no setor de atacado no Brasil poderá ficar em torno dos 2% ao longo de 2015.
É importante lembrar que, ao final deste ano, o segmento sofreu uma retração de 2,6% em relação a julho e 3,9% na comparação anual, segundo pesquisa da Abad divulgada em novembro. No acumulado de 2014, a expansão das redes atacadistas foi de apenas 0,58% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os baixos números são resultado de uma economia estagnada, com juros altos e muitos picos inflacionários. Alguns analistas atribuem, ainda, o crescimento fraco da economia brasileira ao total esgotamento do modelo de crescimento baseado no consumo e não no investimento.
Apesar da execução de medidas que auxiliam na reversão do quadro, como por exemplo, a adoção de concessões de infraestrutura, tais ações chegaram tarde demais para evitar que a economia sofresse neste e no próximo ano.
Há um certo consenso de que 2015 seja um ano de reajustes econômicos. E este cenário frágil deve complicar a vida do próximo governo Dilma ainda mais, forçando a adoção de medidas mais rígidas.
A aposta no comércio eletrônico
Na tentativa de driblar a crise e se inserir cada vez mais no mercado em expansão, atacadistas e varejistas estão entrando “de cabeça” no universo virtual. E esta parece ser a tendência para 2015: para impulsionar a economia, o trunfo é participar das atividades comerciais desenvolvidas de forma on-line, para que não haja perda da participação do consumidor que já adota este tipo de negócio como preponderante.
A internet auxilia graças à comodidade oferecida, praticidade e conforto de receber o produto desejado em sua casa. Os produtos vão desde vestuário, sapatos, brinquedos e acessórios de uso pessoal, até eletrônicos, móveis e até mesmo remédios.
Muitas empresas aproveitam a tecnologia para melhorar os níveis de suporte antes e depois da venda, com a disponibilidade de mais informações sobre os produtos, instruções de uso e respostas rápidas aos questionamentos dos clientes.
Fonte: R7