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Gaveteiro: americano e alemão investem em loja virtual para empresas

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

Com o avanço da tecnologia, as pessoas ficam cada vez mais confiantes na hora de fazer compras online. A praticidade oferecida pelo e-commerce também conquista o Brasil a cada ano que passa. De acordo com a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o comércio eletrônico nacional deve crescer 18% em 2016 e faturar R$ 56,8 bilhões.

Esse cenário chamou a atenção do norte-americano Joshua Kempf, 30 anos, e do alemão Benedikt Voller, 29, fundadores do Gaveteiro, plataforma de fornecimento de produtos para empresas. “Queríamos montar um negócio e vimos que o e-commerce estava explodindo no Brasil. A área mais carente nesse setor era a de e-commerce para outras empresas. Não tinha ninguém no mercado brasileiro fazendo o que a gente queria fazer”, conta Kempf.

O norte-americano trabalhava no banco Goldman Sachs em Nova York e, depois de fazer pós-graduação, decidiu que trabalharia pela empresa na América Latina. Para isso, precisava falar português. Como já sabia o espanhol, achou que vir ao Brasil seria uma boa oportunidade para conhecer o idioma. “Foi nessa época que surgiu a ideia do Gaveteiro, então liguei para o meu chefe em Nova York e avisei que não voltaria para lá”, explica.

Voller saiu da Alemanha para trabalhar no Groupon da América Latina. Depois de passar por países como Argentina e México, o empreendedor veio para o Brasil e, após dois anos trabalhando na empresa, conheceu Kempf em 2012.

Os dois foram atrás de uma equipe e investidores e lançaram a plataforma no começo de 2013. “Tínhamos empregos seguros e largamos tudo isso para empreender. Mas o empreendedorismo nunca é uma questão de segurança e sim de oportunidade”, afirma Kempf.

Segundo eles, foram duas as oportunidades que notaram no Brasil: o crescimento do e-commerce e o tamanho do país. “São poucos os países nos quais você consegue construir uma empresa que vale mais de R$ 1 bilhão. Por ter um mercado muito grande, o Brasil é um deles.”

O investimento inicial – de anjos – para a criação do Gaveteiro foi de US$ 50 mil. Atualmente, a empresa tem 90 funcionários e processa cerca de 30 mil itens em seu galpão, em áreas como higiene, escritório, construção civil e alimentação. “Estamos fazendo vários projetos. Expandimos rapidamente o nosso nicho de produtos. Além disso, estamos fazendo grandes investimentos em marketing e nossa equipe de vendas está sempre indo atrás de novas empresas para serem clientes”, conta.

O Gaveteiro conta com cerca de 800 empresas fornecedoras dos produtos disponíveis em sua plataforma. Recentemente, o site foi um dos 35 empreendimentos selecionados para o programa de aceleração organizado pela Endeavor e J.P. Morgan. O Programa Promessa J.P. Morgan Chase Foundation também interage com um programa do SENAI que busca inserir jovens de baixa renda no setor de tecnologia.

Fonte: PEGN