A Alibaba Group Holding trabalhará com a Nvidia em computação na nuvem e inteligência artificial e planeja mobilizar cerca de 1.000 desenvolvedores para sua plataforma de grandes conjuntos de dados nos próximos três anos.
O braço da operadora de comércio eletrônico, conhecido como AliCloud, ampliará o investimento em análise de dados e aprendizado de máquinas, segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira. A AliCloud está apostando US$ 1 bilhão na crença de que a demanda de governos e empresas por processamento e armazenagem impulsionará o crescimento na próxima década. A AliCloud está tentando competir com a Amazon.com em serviços de computação.
O investimento também reflete o apetite da própria Alibaba por processamento de informação, pois o mercado de varejo on-line da China crescerá para 10 trilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão) até 2020, segundo a Bain Co. O impulso no ramo de computação na nuvem, no qual softwares e serviços são fornecidos aos clientes por meio de centros de dados remotos do tamanho de campos de futebol americano, levou a Alibaba a abrir seu segundo centro de dados no Vale do Silício, em outubro, e a preparar seu primeiro na Europa.
“A taxa de crescimento do AliCloud é uma das mais rápidas entre seus pares internacionais”, disse Simon Hu, presidente da divisão, durante uma apresentação em Xangai. “Além de ter uma expansão rápida na Ásia, nós também manteremos nosso crescimento na Europa e no Oriente Médio”.
Computação quântica
A AliCloud agora está ampliando seu escopo além dos serviços básicos de computação na nuvem. A empresa fundou, junto com a Academia Chinesa de Ciências, um laboratório de computação quântica para ajudar a garantir a segurança de seus centros de dados e desenvolver máquinas capazes de efetuar cálculos ainda mais rápidos.
A empresa se unirá à Nvidia, que tem sede em Santa Clara, na Califórnia, para oferecer assistência a clientes nas áreas de aprendizado profundo e computação de alto desempenho, disse a AliCloud em um comunicado.
A AliCloud gera receita principalmente ao cobrar uma taxa dos clientes pelo uso de sua infraestrutura de computação. Por enquanto, o empreendimento contribui com uma pequena fatia da receita total: a infraestrutura de computação e de internet respondeu por 3,1 por cento das receitas no trimestre que terminou em junho, segundo dados compilados pela Bloomberg.
A unidade poderia responder por mais de US$ 1 bilhão das receitas da Alibaba até 2018 e a nuvem pública representa uma oportunidade em um mercado global de US$ 120 bilhões, segundo a SunTrust Robinson Humphrey. Como comparação, a receita da Amazon Web Services subiu mais que o esperado no terceiro trimestre, 78 por cento, para US$ 2,1 bilhões.
A Microsoft e a Google também estão competindo para alugar capacidade de armazenamento de dados e poder computacional, que são os tijolos dos sistemas baseados na internet.
Fonte: Exame