Levantamento feito pela consultoria americana FreightWatch International aponta que, de todos os roubos de carga no país no terceiro trimestre de 2016, cerca de 13% ocorrem dentro do próprio Centro de Distribuição (depósitos) ou das empresas.
Em mais da metade dos casos, porém, a abordagem de criminosos aconteceu em área urbana (51%). O restante (36%) se deu em rodovias.
O estudo também já havia mostrado que o número de roubos de carga aumentou 38,9% em apenas um ano.
De acordo com a pesquisa, o período da manhã foi o mais visado pelos ladrões: 37% dos casos foram registrados entre 6h e 12h, seguido por roubos à noite (22%), durante a tarde (21%) e de madrugada (20%).
Em seis de cada dez roubos a caminhão, o veículo estava em movimento – em apenas 34% o automóvel já se encontrava parado.
Nos eventos ocorridos em rodovias, em 82% das vezes o caminhão estava em movimento e foi obrigado a parar. Já em 15% ele estava em um posto de combustível e, em 3%, parado no acostamento.
Uma das razões para o grande índice de assaltos a caminhões, segundo o levantamento, é a falta de escolta: apenas um em cada dez veículos roubados recebeu acompanhamento, e em só 26% das ocasiões o serviço de segurança conseguiu evitar que os criminosos levassem a carga.
Prejuízo
Segundo a FreightWatch International, o valor médio mais alto de carga roubada no terceiro trimestre de 2016 foi do item “diversos”, que inclui carros-fortes e empresas de transporte de valores. Em média, cada assalto levou US$ 515.676, enquanto na categoria “construção e industrial” perdeu US$ 93.107 por roubo.
Em terceiro lugar no ranking vieram os eletrônicos, com perdas de US$ 88.918.
Para as empresas, porém, a dor de cabeça é ainda maior: em 55% dos casos, não houve recuperação da carga levada pelos criminosos. Já nos 45% restantes, os itens foram recuperados total ou parcialmente.
Por Caio Colagrande, para o E-Commerce Brasil