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South Summit: aprendizados de um dos maiores eventos de inovação da América Latina

Por: Rodrigo Sanchez

Diretor de Growth da ClearSale

Formado em Ciências da Computação pela FEI e pós-graduado em Estratégias de TI pelo Senac, atua há mais de 15 anos no mercado de tecnologia da informação com desenvolvimento nas áreas de vendas, gestão e relacionamento com cliente. Atualmente, é chamado para ministrar palestras e congressos na área (Febraban, Banrisul International IT Forum, Gemalto Innovation Forum entre outros).

Mais uma vez, pensando em ficar por dentro de todas as novidades do mercado, acompanhei um evento que me trouxe diversos insights. O South Summit aconteceu no final do mês de março em Porto Alegre e abordou temas como inovação, sustentabilidade, ESG e muito mais.

Por lá, a líder do Magazine Luiza, Luiza Trajano, falou sobre a importância de as pessoas aprenderem a escutar o que elas não querem ouvir e que errar faz parte do aprendizado – duas grandes verdades quando falamos não só do mercado de trabalho, mas da vida no geral. Aqui, uso duas indagações que a empresária brasileira utilizou: Como você aprendeu a andar? Como você aprendeu a falar?

Reforçando ainda mais o que ela disse, Gustavo Werneck da Cunha, CEO da Gerdau, falou sobre o fato de que a transformação digital só acontece dentro de uma cultura que tolera o erro e com poucas hierarquias. Tudo isso nos mostrando o quanto errar é humano e que com esses erros temos a oportunidade de evoluir cada vez mais e mais. O que facilmente podemos levar para o mundo do e-commerce, no qual toda tentativa é válida, e aprendemos a cada dia e com cada erro, até alcançarmos o sucesso com as vendas. E quando falo sucesso, não é só sobre a melhora dos resultados, mas também sobre a melhor experiência para o cliente.

O South Summit aconteceu no final do mês de março em Porto Alegre e abordou temas como inovação, sustentabilidade, ESG e muito mais.

Outro tema abordado foi a liderança, lembrando que qualquer pessoa pode exercer liderança, mesmo não sendo um CEO ou diretor(a) de uma grande empresa. Afinal de contas, ser líder é construir legado e entender que é impossível fazer isso sozinho. Ser líder é uma palavra conjugada no coletivo. Ser líder é saber conectar pontas, mudar realidades e inspirar a próxima geração de líderes, é sair do ar de heroísmo e utopia para “sujar as mãos” junto com o time.

O ponto da liderança facilmente é visualizado também dentro do cenário do e-commerce, no qual não é possível fazer nada sozinho. É necessário ter uma equipe qualificada e que se sinta dona do negócio, é preciso atender às expectativas dos clientes e saber se colocar um no lugar do outro, sendo uma inspiração para que todos trabalhem da mesma forma, na mesma direção e oferecendo o que há de melhor.

Inovações para um mundo melhor

Um assunto que já não é novidade ou tendência, mas sim uma questão de existência, a sustentabilidade esteve presente nos palcos e em toda a estrutura do festival.

E qual o poder da sustentabilidade? Bom, ela fez as empresas ressignificarem seus propósitos. Nessa transformação, fornecedores viraram parceiros, visto que as empresas precisam incentivar iniciativas ESG de dentro para fora, ou seja, não somente no core, mas de uma maneira que impacte todo seu ecossistema e cadeia. O grande ônus da sustentabilidade acontece quando as pequenas empresas aderem ao movimento.

Durante a conversa, Tania Cosentino, Presidente da Microsoft Brasil, reforçou que é possível produzir e preservar, fazer bem para o planeta e também para os negócios, porém precisamos ir das promessas ao progresso. Ela disse, com muita confiança, que ESG é uma jornada e que sustentabilidade baseada em dados ajuda todos a irem mais longe. Afinal, não conseguimos melhorar o que não conseguimos medir.

Um case interessante da Microsoft é a plataforma Previsia, que monitora a floresta amazônica por meio de satélites, e consegue identificar áreas com possibilidades de desmatamento. Também é possível identificar mineração ilegal, por exemplo.

A velocidade das mudanças está criando desafios e aumentando desigualdades. O que está em questão são os valores éticos e morais de como vamos utilizar essas tecnologias.

Aqui, surge um conceito já dito anos atrás sobre o lucro com propósito. Luiza Trajano usa uma ótima analogia: “Temos uma raquete de ping pong: quando cai o propósito, tem que voltar, quando cai o lucro, também tem que voltar”.

E para fechar os pontos apresentados no evento, gostaria de destacar que o cliente não quer saber o seu propósito, ele quer viver o seu propósito. Propósito precisa ser a experiência em ação, ele não pode estar apenas na parede.