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Qualidade ou quantidade em conteúdo, eis a questão

O que é mais vantajoso? Conteúdo em grande quantidade ou com alta qualidade?

Uma das sugestões preciosas de Kristina Halvorson, em seu livro Estratégias de Conteúdo para a Web, resume-se em uma frase: menos é mais. Além de dar atenção ao que realmente importa, publicar menos representa facilidade em gerenciar tudo o que vai ao ar.

Conclusão semelhante à da agência D Custom em seu 2015 Content Marketing Report, que recomenda um “detox digital” na quantidade de publicações. Um estudo recente da TrackMaven (comentado por John Beveridge, da Rapidan Strategies) segue a mesma linha: enquanto a quantidade de conteúdo aumenta, menor o engajamento de seus usuários.

trackmaven

Parece mais uma pergunta fácil de responder, não é mesmo? É o que veremos nesta edição do podcast Content Marketing Brasil, que lembra duas respostas a esta questão pinçadas da edição 2013 do #CMWorld:

“Quantidade. Você pode criar algo incrível, então precisa recuar e levar três meses para criar a sua próxima grande ideia. O que acontece durante esse tempo?”. Joe Chernov, fundador da Kinvey.

“Quantidade. O que significa ser ‘bom’? Hoje alguém pode gostar de um conteúdo, amanhã nem tanto. É assustador para pessoas que estão com medo de criar conteúdo, pois elas acham que ele deve ser épico sempre. Deixe a quantidade vencer a qualidade. Content marketing não é lançamento de foguetes. Apenas faça”. Marcus Sheridan, responsável pela River Pools and Spas.

Concordando ou não com os argumentos, compilamos aqui sugestões da produtora de vídeos Wyzow, além do Search Engine Journal:

  • Construa um plano de conteúdo efetivo, capaz de ser cumprido durante a semana e direcionado para seu público (personas).
  • Seja ousado: produza conteúdos diferenciados (“fora da caixa”), conte boas histórias, demonstre sua paixão pelos assuntos tratados.
  • “Conteúdo de qualidade” é bem diferente de “textos longos”. A melhor combinação entre quantidade e qualidade diz respeito à chance de um usuário encontrar o que precisa com rapidez após realizar uma busca.
  • Faça uma lista de potenciais boas ideias, baseadas em formatos que costumam funcionar (entrevistas, polêmicas, listas e afins).
  • Uma grande entrevista com algum profissional pode se transformar em dez pequenos artigos focados em assuntos atraentes.

Por fim, um link mencionado no programa, sobre a mudança do YouPix, e mais um último insight, para você concordar ou não, sobre qualidade de conteúdo.

Como criar um vídeo viral?

Alguém poderia argumentar que “é possível gravar inúmeros vídeos engraçadinhos, ao menos um ou dois correm o risco de fazer sucesso”, colocando lenha na fogueira da quantidade. Independentemente da largura de banda necessária para consumir tantos bits, aproveitamos o assunto para comentar duas notícias relacionadas ao tema.

A primeira, do blog Sample, lista quatro hipóteses para que um vídeo consiga “viralizar”. A teoria do coração (basicamente, envolver o usuário com emoções), a teoria da mente (gatilhos que despertam nossa memória), a teoria do olhar (conteúdo apresentado no lugar, hora e jeito certos) e a teoria do corpo (ou melhor, da forma como o outro percebe quem compartilha).

A segunda, da PropMark, traz algumas dicas de Guga Mafra, da Amazing Pixel. A mais interessante é esta:

“Ao fazer uma campanha em vídeo, entenda bem o que você quer alcançar e como você vai medir esse sucesso. Não se mede sucesso de campanha pelos comentários, pelo likes, ou mesmo pelos cliques”.

Tendências em tempo real

A Forbes publicou na semana passada um artigo assinado pelo consultor americano John Rampton, que lista sete mudanças no content marketing em pleno andamento. Perceba que todos os itens se encaixam, de uma maneira ou de outra, nos debates relacionados aos tópicos anteriores.

  1. Aumento nos gastos com produção de conteúdo.
  2. Foco crescente na personalização.
  3. Melhor uso do conteúdo visual.
  4. Mais acesso a ferramentas de mensuração.
  5. Conteúdo local.
  6. Linha embaçada entre conteúdo e social.
  7. Marketing colaborativo ressoa.

* Artigo escrito em conjunto com André Rosa, professor universitário e doutorando em Comunicação pela Metodista.