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Os commerces do futuro: entenda mais sobre social, community e mobile commerce

Por: Anahy Zamboni

Jornalista, atua há mais de dez anos com criação de conteúdo, redação e copywriting. Já escreveu para segmentos, como: educação, saúde, beleza, nutrição, finanças e contabilidade. É especialista em Marketing Digital, Performance e SEO. Atualmente, escreve sobre Startups, SaaS, mercado de pagamentos e fintechs.

Se há alguns anos o e-commerce era uma tendência entre os canais de consumo do futuro, as lojas virtuais mostram, ano após ano, que essa tendência se confirmou e os recordes consecutivos de crescimento apontam que as possibilidades para as vendas online ainda têm muito a evoluir.

Priorizar o relacionamento com os consumidores, construir comunidades de clientes que advogam pela marca e promover uma boa experiência mobile encabeçam as tendências.

Segundo dados da Retail X sobre o e-commerce na América Latina, o Brasil conquistou o maior crescimento do ano na região, com um aumento de US$ 8,1 bilhões em 2022 quando comparado ao ano anterior. Além disso, o país se destaca como líder latino-americano na receita do e-commerce, que foi de US$ 49,2 bilhões, bem como na parcela de tráfego da web para varejistas, que foi de 84%.

Entretanto, sabemos que, conforme o potencial do setor cresce, é preciso acompanhar cada vez mais de perto as evoluções para não deixar a defasagem tirar a sua fatia de mercado, já que a concorrência também se acirra a cada dia. Por isso, neste artigom você vai conhecer um pouco mais sobre três das tendências que devem encabeçar o “commerce do futuro”.

1. Social commerce: as redes sociais a favor do seu e-commerce

As redes sociais já são e continuarão sendo um aliado cada vez mais importante para o e-commerce. Com isso, o conceito de social commerce ganha força, transformando as redes sociais em canais essenciais de atração e comunicação com o consumidor.

Para se ter uma ideia do potencial crescente desses canais, de acordo com dados da Nuvemshop no relatório NuvemCommerce, as compras efetuadas através das redes sociais passaram de 22% para 35% no último ano. O destaque fica para o Instagram, que tem feito cada vez mais parte das estratégias dos lojistas e já corresponde a 87% das vendas realizadas via redes sociais, seguido pela loja do Facebook, responsável por 46% das vendas.

Ainda conforme o relatório, 96% dos lojistas utilizam o Instagram para divulgar sua marca, 80% estão presentes também no Facebook e 71% no WhatsApp. Além disso, pela primeira vez, o TikTok apareceu entre as redes sociais mencionadas pelos lojistas, contando com a adesão de 15% deles.

As redes sociais possibilitam e facilitam a aproximação com o consumidor, o que é uma estratégia interessante para quem vende online. Por isso, monte sua estratégia e use as redes sociais a favor do seu e-commerce como ponto de atração. Para isso, você pode usar posts orgânicos, anúncios patrocinados e outros conteúdos que “conversem” com o seu consumidor.

Vale ter cuidado, porém, já que as redes sociais envolvem a ideia de interação contínua, uma vez que fomentam um relacionamento muito mais dinâmico e ágil com o seu público. Por isso, é importante que você cuide também da experiência nesse canal, com disponibilidade de atendimento para que as expectativas e a experiência do consumidor não sejam frustradas.

2. Community commerce: crie uma comunidade fiel à sua marca

Talvez o conceito mais recente que vem ganhando força e se transformando é o community commerce, que nasce muito atrelado ao crescimento do marketing de influência e como esse tipo de conteúdo tem efeito nas vendas.

Conforme o relatório da Nuvemshop, 39,5% dos lojistas disseram realizar permuta de produtos em troca de divulgação com algum influenciador, 8% afirmaram que investiram algum valor para isso e outros 19% alegam que nunca utilizaram a divulgação via influenciadores, mas pretendem aderir à estratégia no futuro próximo.

O community commerce parte justamente dessa premissa, de trazer pessoas para falar sobre o seu produto, serviço ou marca, sem que isso se pareça com uma propaganda. O que diferencia o community commerce do marketing de influência propriamente dito é o fato de que ao community commerce interessa mais mostrar a experiência de pessoas comuns, e não necessariamente de influenciadores famosos.

Por isso, embora possa se beneficiar também da divulgação de criadores de conteúdo, o community commerce é baseado na ideia de criar uma verdadeira comunidade de consumidores fiéis a um produto ou a uma marca para que estes, de forma voluntária e espontânea, divulguem os produtos, mais ou menos como o que conhecíamos há alguns anos como “propaganda boca a boca”.

3. Mobile commerce: sua loja presente na palma da mão

Atualmente, existem mais smartphones no Brasil do que pessoas. Foi o que constatou uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com o último levantamento realizado em 2021, havia 214 milhões de brasileiros, enquanto a pesquisa apontou que existem aproximadamente 242 milhões de smartphones em uso no país.

Esse é só um exemplo de como o mobile está cada vez mais presente na vida de uma parcela muito grande da população. Dados mostram que as compras online são feitas cada vez mais através de dispositivos móveis. Conforme dados da Opinion Box, em abril de 2022, 81% das pessoas haviam realizado compras através do smartphone nos 30 dias anteriores. Além disso, 84% das pessoas afirmaram comprar mais frequentemente através do smartphone do que através do computador.

Mais recentemente, dados da SEO Conversion apontam que 67% das visitas aos sites de compra online durante a Black Friday 2022 foram realizadas através de dispositivos móveis.

Diante desse enorme potencial, as empresas passam a enxergar cada vez mais a necessidade de transformar a experiência nos seus e-commerces, tornando-as não só amigáveis ao ambiente mobile, mas pensando no “mobile first”, isto é, desenvolvendo interfaces específicas para o acesso através de dispositivos móveis, como aplicativos próprios.

Hoje, ter um site compatível e que permita uma experiência de compra fluída, seja em um smartphone, tablet ou outro dispositivo, não é mais uma opção, é indispensável para ter um bom desempenho nas vendas.

Entre as vantagens da estratégia de mobile commerce, ou apenas m-commerce, é se tornar mais competitivo, uma vez que a possibilidade de um cliente fechar negócio assim que acessar sua loja, direto no smartphone, esteja onde estiver, caso você ofereça uma boa experiência, é muito maior do que a possibilidade de esse mesmo cliente esperar até estar em frente a um computador para efetivar a compra. Nesse caso, as probabilidades de perder a venda para um concorrente com uma boa experiência mobile são altas.

Além disso, se optar por um aplicativo, por exemplo, seu e-commerce ainda consegue alguns recursos diferenciados, como o envio de notificações em tempo real para o consumidor ou mesmo saber a localização do comprador, elementos que ajudam na otimização da experiência, como a sugestão de produtos relacionados ou em alta na região.

E sua loja, como está lidando com os “commerces do futuro”?