O uso do SSL (Secure Socket Layer) está cada vez mais frequente: o número de sites que o utilizam mais que triplicou entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2016. Se 20,68% dos sites usavam SSL em 2015, agora esse volume disparou para 73,85% entre os sites que passaram a proporcionar uma navegação mais segura aos seus clientes.
Quem traz esses dados é a pesquisa “Perfil do e-commerce brasileiro”, registrada pela BigData Corp, e feita sob encomenda da PayPal Brasil. Na execução, foram analisados 10,5 milhões de sites registrados no país e processadas cerca de 4,5 petabytes de informação com o objetivo de entender o crescimento das lojas virtuais no país, a modernização destes sites analisados no quesito segurança, como a adoção do SSL, e seus meios de pagamento.
A tendência de investir em segurança obedece a uma preocupação comum do consumidor brasileiro, já apontada em outra pesquisa, da Ipsos/PayPal, feita no final do ano passado, que indicou que a principal preocupação do consumidor do nosso país, ao comprar em sites estrangeiros, é justamente com a segurança. Mais de 51% dos entrevistados apontaram esse como o ponto que mais os atemorizava na compra em sites de fora do país.
Certo. Agora, surge a seguinte questão: o que essa atenção ao fator segurança e crescimento de investimentos nisso por parte dos sites e lojas virtuais pode nos indicar?
Bem, a resposta é: a segurança importa (e muito!). Isso porque ela é um diferencial interessante para qualquer consumidor, mesmo para aqueles que não a veem como a preocupação principal. Os sites começam a se movimentar porque já sentem a necessidade de reduzir impactos possíveis por conta de ataques e invasões de pessoas mal-intencionadas e que pudessem acabar acessando dados do seu consumidor, roubando senhas e etc. Quer dizer, estes sites na verdade se protegem desse “problemão” que poderia afetar tanto o consumidor como a loja.
De que forma o SSL interfere nas lojas virtuais?
Para sites que trocam informações sigilosas, como ocorrem com as lojas virtuais, por exemplo, esse ingrediente é algo praticamente indispensável.
Alguns clientes costumam procurar por essa “camada” de proteção na loja que consomem e podem identificá-la pelo cadeado verde que aparece ao lado da url do site e também pelo HTTPS (que é o site com SSL) no lugar do HTTP (que é o site comum, sem SSL).
SSL e o público informatizado
Lojas que optam pelo SSL vão ao encontro das necessidades do consumidor, atendem sua principal preocupação com a compra, ganham uma proteção adicional no e-commerce e se projetam melhor entre um público que também seja mais informatizado. É que algumas pessoas mais inseridas na cultura digital, vale lembrar, tendem a ser mais cautelosas com a segurança e preferem comprar apenas em lojas que tenham esse tipo de protocolo.
Quando as lojas virtuais adotam o SSL, elas também atendem a esse público que está em crescimento e, que a medida que conhece mais os riscos da internet, tende a se prevenir mais e se tornar mais criterioso aos sites que acessa, a verificações de segurança, blindagem de sites e etc.
Fora isso, o lojista se “vacina” contra um fator que costuma impedir a compra de se concretizar, já que para 56% dos entrevistados de uma pesquisa promovida pelo Conecta em julho do ano passado, era esse, a falta segurança, o principal fator que os impedia de concluir uma compra. A mesma pesquisa indicou que certificações de segurança foram colocados em primeiro lugar na percepção dos consumidores como sendo o principal atributo para se sentirem seguros ao fazer uma compra, isso antes mesmo de contabilizarem a credibilidade do estabelecimento e formas de pagamento.
O dado acima ajuda também a entender como o SSL pode se mostrar uma bela oportunidade para as pequenas e médias lojas virtuais se posicionarem entre as maiores: o fator credibilidade que o SSL fornece ajuda a passar confiança adicional sobre as lojas virtuais, ainda que elas sejam pouco conhecidas do grande público. E, tudo isso junto e misturado, é o que o torna – ao SSL – algo tão importante nos dias atuais e que, pelo jeito, continuará a impulsionar uma curva de crescimento em um futuro nem tão distante assim.