Beira o óbvio dizer que as redes sociais já fazem parte da vida da maioria das pessoas e têm um papel importante na decisão de onde vão, o que consomem e desejam. Ainda mais depois do período de isolamento social, em que tantas interações e transações tiveram que, obrigatoriamente, acontecer online. Não é surpresa, então, que esses canais sejam estratégicos para todas as empresas — sim, todas. No entanto, muitos empreendedores ainda deixam de lado uma importante estratégia de vendas baseada nessas mídias, o social selling, e isso pode custar a existência de seus negócios.
Ter um perfil no Instagram, Facebook, LinkedIn ou Tiktok não é o mesmo que adotar essa prática. Isso porque social selling se trata de usar as redes sociais para se conectar com possíveis clientes e construir um relacionamento com eles para, eventualmente, realizar uma venda. Mais do que simplesmente anunciar um produto ou serviço, como um catálogo 2.0, é preciso engajar o potencial consumidor e convidá-lo para a conversa por meio de interações e conteúdo que façam sentido para ele.
A princípio, pode parecer muito trabalho, mas os números demonstram que a estratégia é eficaz: líderes em social selling geram 45% mais oportunidades de vendas do que aqueles que ignoram essa possibilidade, segundo um estudo do LinkedIn. O mesmo estudo dessa rede mostra que 78% dos que adotam essa visão vendem mais do que aqueles que não estão nesses canais.
Por onde começar o social selling?
Se restava alguma dúvida de que você precisa começar agora a investir no social selling do seu negócio ou de onde trabalha, não resta mais. Fica então a pergunta: por onde começar? O primeiro passo é fazer com que todos entendam que mais do que uma “tarefa” do time de marketing ou de vendas, o social selling deve fazer parte da cultura da empresa. Afinal, para seu sucesso, é preciso que diferentes áreas trabalhem em conjunto — somos TODOS responsáveis pelas vendas de uma empresa.
Assim, o marketing cria um conteúdo atrativo e direcionado para o público-alvo, enquanto vendas trabalha para criar ações e promoções eficazes e com apelo (e a área de atendimento ao cliente garante interações positivas). No fim, somos todos vendedores e é importante que todos estejam alinhados.
Depois, é importante definir quais redes serão utilizadas e para que propósitos. O Linkedin é muito eficaz para geração de negócios B2B, por exemplo. Já o Twitter traz ótimas oportunidades de conversas naturais, baseadas no assunto da vez (quem não acompanha as provocações maravilhosas do Burger King nessa rede social?). Uma vez decidido esses caminhos, é hora de colocar em prática.
É sempre importante gerar conteúdo relevante e, quanto mais ele se relacionar com as o estilo de vida da sua base, melhor. Responder as dúvidas e comentários mencionando o seu negócio também é fundamental — seja no público ou no privado. Conforme uma verdadeira comunidade for sendo criada, pode ser legal compartilhar posts dos próprios clientes a respeito da experiência que teve ao comprar da sua empresa. Aliás, vale até pedir para aqueles mais fiéis, os brand lovers, darem o testemunho deles. Com isso, sua marca passa a contar cada vez mais com a confiança do consumidor, e será lembrada naquele momento que ele precisa adquirir um produto ou serviço do seu segmento. E isso é exatamente o que todo vendedor sempre quer — e precisa, não é mesmo?