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Erotika Toys: do B2B2C ao B2Sex

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Por Mariana Anselmo

A palavra empreendedor (entrepreneur) surgiu na França por volta dos séculos XVII e XVIII, com o objetivo de designar aquelas pessoas ousadas que estimulavam o progresso econômico, mediante novas e melhores formas de agir. No início do século XIX, o economista francês Jean-Baptiste Say conceituou o empreendedor como o indivíduo capaz de mover recursos econômicos de uma área de baixa para outra de maior produtividade e retorno.

Mais tarde, o austríaco Joseph Schumpeter, um dos mais importantes economistas do século XX, definiria esse indivíduo como o que reforma ou revoluciona o processo “criativo-destrutivo” do capitalismo, por meio do desenvolvimento de nova tecnologia ou do aprimoramento de uma antiga – o real papel da inovação. (fonte: Wikipedia)

E foi bem o que Paulo Arêdes e sua esposa Daniele, fizeram: ao conhecer a venda de produtos eróticos no sistema porta-a-porta, enxergaram ali uma possibilidade de negócio e resolveram aprimorar a técnica. Esse foi o primeiro passo para o surgimento da Erotika Toys, empresa mineira atual líder no mercado brasileiro de produtos sensuais.

No início, Daniele Arêdes era a vendedora, e levava os produtos diretamente na casa de suas clientes. O negócio cresceu rapidamente e mostrou futuro, e com o crescimento das vendas começou a ficar complicado levar tantos produtos para demonstração. Então veio a ideia de um catálogo, uma revista que mostrasse os produtos e a descrição detalhada das informações.

Com o crescimento das vendas e o consequente aumento da equipe, pesquisas de mercado comprovaram o que o casal já via na prática: o sucesso da revenda por catálogo.

O rápido sucesso da empresa foi comprovado com o aumento das vendas e do número de revendedoras: de apenas sete funcionários no início, a Erotika Toys ganhou novas consultoras, não só em Belo Horizonte, mas em todo o país, ultrapassando atualmente as 20 mil revendedoras. Com uma abrangência tão maior, foi necessário também aumentar o suporte oferecido a elas. Uma opção seria contratar promotoras regionais, que ficam responsáveis por um certo número de consultoras da sua região, oferecendo, por exemplo, apoio, treinamentos e realizando encontros para a troca de experiências. Mas, na época, essa ainda não era uma opção viável para a empresa.

Ao realizar pesquisas de mercado e buscar soluções viáveis e menos custosas para o seu problema, Paulo Arêdes viu no e-commerce a possibilidade de oferecer tudo que suas consultoras precisavam: material para trabalhar, treinamento, suporte e contato direto com a empresa. O que poderia ser uma alternativa arriscada, devido ao fato de, na época, o e-commerce ser ainda algo novo, se mostrou em uma escolha acertada. “Com uma boa campanha e muito trabalho, conseguimos formar uma equipe de mais de 20 mil consultoras em todo Brasil. E tudo isso através da internet”, afirmou Paulo.

B2B: a escolha que deu certo!

Diferente da maioria dos e-commerces, a Erotika Toys trabalha de forma B2B, ou seja, não há venda direta para o consumidor final. A loja online é um canal de vendas para as representantes da empresa. “Nós nascemos com a proposta de sermos primários na cadeia e trabalhar em prol da construção de uma equipe de revendedores, portanto não poderíamos ser concorrentes de forma alguma – mesmo que digitalmente – de nossas consultoras”, explicou o empresário.

O B2C (a venda direta ao consumidor) é feito exclusivamente pelas consultoras. E para ajudá-las a desenvolver um bom trabalho junto ao cliente final, a Erotika Toys oferece no site, além dos produtos, informações sobre como organizar uma reunião para apresentar os produtos, dicas das consultoras de maior sucesso da empresa, um guia de como montar um sex shop e informativos sobre produtos, lançamentos e promoções. As consultoras também contam com atendimento via chat, telefone e e-mail para tirar dúvidas.

Todo o processo de venda da empresa é online. Até mesmo quando uma consultora vai ao showroom da empresa, localizado em Contagem (MG), ela precisa fazer seus pedidos online. Para isso, a empresa já disponibiliza um espaço com computador para que a representante possa, por ali, tirar seus pedidos.

Perguntado sobre o porquê de a empresa não realizar também o trabalho junto ao cliente final, Paulo responde com confiança: “Porque não se pode ser bom em tudo!”. E continua: “Acreditamos na importância de se especializar. A mão de obra está cada vez mais escassa e a locomoção em grandes centros cada vez mais difícil. É inevitável o uso do B2B na Internet!”.

A Erotika Toys adiciona à experiência do e-commerce sua presença nas redes sociais. A empresa utiliza Twitter e Facebook para oferecer dicas para as consultoras, esclarecer sobre seus produtos e sobre temas ligados à sensualidade e ao sexo. Aliado ao Twitter e ao Facebook, a empresa também tem um blog, o clubeerotika.blogspot.com.

Além de oferecer conteúdo para as consultoras, os canais também são uma forma de alcançar as clientes, não só mostrando os produtos e fazendo promoções, mas oferecendo conteúdo de interesse, como contos eróticos, dicas sobre sexo e o debate de temas considerados tabus, como homossexualidade e ménage à trois.

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